Será que eu estou viciado em celular?
A vida nas telas poupa do seu cérebro um esforço valioso que impacta diretamente na sua rotina. Entenda.
Quanto tempo você consegue ficar longe do seu celular? A resposta pode ter te trazido até aqui e não é para menos: as tecnologias digitais estão por toda parte e permitem a criação, armazenamento e combinação de dados de um jeito que nunca imaginamos na história humana.
Se por um lado a cultura digital fomenta o repertório que aumenta a criatividade e a inventividade, por outro, tem aumentado também a preguiça cognitiva para análises mais profundas, o imediatismo e a distração.
Por que isso é um problema?
O uso excessivo de tecnologia leva o cérebro a se adaptar aos estímulos das telas.
Como excelente sistema adaptativo que é, ele modifica seu modo de operação para lidar com as novas demandas, o que pode alterar como lemos, como nos concentramos, como pensamos e como vivemos.
Estamos viciados em celular?
A neurocientista do SUPERA Ginástica para o Cérebro, Livia Ciacci, explica que a ciência ainda caminha para comprovar o uso excessivo de tecnologia como vício.
Ela explica que, no entanto, o que chamamos de vício em telas é, na verdade, a adoção de comportamentos repetitivos relacionados às tecnologias.
Para ela, os vários níveis de utilização da tecnologia durante o dia não são questões a serem avaliadas, mas sim, os efeitos dessa rotina sob nosso comportamento e estrutura psíquica e biológica.
“A grande questão está no equilíbrio entre utilizar as vantagens digitais e manter as habilidades cognitivas igualmente aptas para a vida fora das telas. Usar intensamente a tecnologia faz com que o cérebro se adapte, com o risco de se tornar mais superficial e imensamente distraído”, alertou a especialista.
O risco do “multitarefas”
Se a ausência da tecnologia nos condicionava a realizar uma tarefa por vez, o uso excessivo dela cria um comportamento conhecido como “multitarefas”, incentivado pelas facilidades do mundo tecnológico.
Para o cérebro, no entanto, fazer muitas coisas ao mesmo tempo não é nada bom, já que o nosso órgão mais importante tende a imitar essa lógica para tudo que fazemos. Assim passamos a fazer várias tarefas ao mesmo tempo e, de repente, ficamos irritados por qualquer desafio que exija mais do cérebro.
Condicionando o cérebro desta forma, crianças, jovens e adultos apresentam dificuldade para focar a concentração em uma única atividade por mais tempo já que o cérebro desaprendeu a manter o foco.
“Esse efeito é explicado neurologicamente porque nossa capacidade de atenção é limitada. Quanto mais fragmentamos a atenção, menos ela funciona, apesar disso, alimentamos uma cultura de cada vez nos dividir mais, algo que é o contrário ao funcionamento natural do cérebro”, alertou a especialista.
Viciado em celular: como a tecnologia muda o meu cérebro?
Quando eu ofereço ao meu cérebro tecnologia como única forma de absorver informações ou uso esses recursos de forma excessiva, estou ensinando a ele que o esforço não vale a pena. Segundo Livia Ciacci, neurocientista do SUPERA, a pressa e a constante sensação de velocidade das coisas aumentam a sensação de ansiedade diante de tarefas que exijam concentração, diminuem a concentração, afetam a memória e aumentam a impulsividade.
“Quando eu acostumo o meu cérebro com conteúdos cada vez mais rápidos e vocabulários mais pobres eu mudo o jeito de interpretar e absorver conteúdos pois perco a habilidade de manter uma linha lógica de raciocínio e elaborar meu próprio pensamento crítico a partir de uma referência”, explicou.
Vício em celular: o analógico e o digital no meu cérebro
Para funcionar corretamente, o cérebro humano precisa de informações de todos os canais sensoriais, de forma cooperativa, para então criar uma visão da realidade.
Estímulos analógicos (que não possuem tecnologia aplicada) são capazes de serem captados por todos os canais sensoriais do cérebro.
É fácil entender essa dinâmica quando usamos como exemplo um jogo de futebol convencional e um jogo online.
Para jogar na quadra, o jogador movimenta seu corporal, calcula força de distância, brinca com os colegas, ouve sons, sente a temperatura e comemora intensamente um gol.
Por mais que o online também seja divertido, a via digital não é capaz de integrar tantos canais sensoriais do cérebro como vimos no exemplo anterior.
“As experiências multissensoriais potencializam as percepções do cérebro, facilitando os processos de evocação das memórias e aprendizado. Este processo permite a distribuição da carga cognitiva, melhorando a memória a curto-prazo e sua posterior migração na construção de memória a longo-prazo. Alguém que passa muitas horas utilizando um aparelho eletrônico passivamente tem a interação com a realidade limitada e pode estar viciado em celular. Os efeitos mais imediatos são uma maior agitação mental, perda de habilidades motoras e empobrecimento cognitivo”, alertou a especialista.
Viciado em celular: o impacto das telas na aprendizagem
Brincar, imaginar e ler são fundamentais para o cérebro infantil. São nessas oportunidades que o cérebro cria e recruta o conhecimento que será a base da capacidade de compreender, raciocinar analogicamente, inferir, pensar criticamente e, ainda, ter pensamentos inéditos!
Quando trocamos tudo isso por entretenimento passivo – que não exige do cérebro qualquer tipo de esforço, perdemos um pouco de cada habilidade. “Inúmeras pesquisas científicas mostram os efeitos negativos das telas no desenvolvimento e aprendizagem, quando acessadas precocemente pelas crianças.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, as telas preenchem lacunas de tédio e necessidade de diversão de inúmeras crianças. Os efeitos são exibidos em relatos de acidentes, distúrbios de aprendizado, desempenho escolar abaixo da média e atrasos no desenvolvimento”, alertou.
Viciado em celular: 5 sinais de alerta para o seu uso de tecnologia
- Você trabalha ou estuda no computador e costuma se perder nas abas;
- Você vive no ciclo vicioso das multitarefas;
- Você se sente extremamente ansioso quando se afasta do celular (ou nunca se afasta);
- Você confere redes sociais muitas vezes, mesmo durante outras tarefas;
- Não consegue deixar de verificar uma notificação mesmo estando na companhia de outras pessoas;
- Tem dificuldade em se concentrar nas conversas presenciais e já deixou pessoas falando sozinhas para olhar o celular;
“Esses são sinais indicam que você precisa prestar mais atenção na sua rotina e exercer o autocontrole. Possuir boas habilidades cognitivas são o grande diferencial entre o uso saudável e excessivo de tecnologia. Através de ferramentas exclusivas o SUPERA te ajuda a recuperar as rédeas de sua vida, melhorando sua concentração, memória e raciocínio, aumentando seu tempo de qualidade, seja no trabalho ou com as pessoas que você ama”, concluiu.
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2 comentários para "Será que eu estou viciado em celular?"
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Muito boa a matéria.
Chama atenção para o comportamento que a gente vai se acostumando e achando normal estar com o celular como a primeira opção, esquecendo que devemos ter consideração e respeito com quem está ao nosso lado, dando a vida a mesma atenção que damos a telinha do celular.
Ótima matéria, me chamou a atenção, e descobri que estou me viciando no celular