GPS do cérebro é Nobel
A medicina teve uma grata surpresa esta semana, ao ganhar o prêmio com a descoberta de células que formam um sistema de posicionamento no cérebro humano, uma espécie de “GPS” interno.
O mérito é do pesquisador britânico-americano John O’Keefe e dos noruegueses May-Britt Moser e Edvard Moser, que vão dividir a soma de US$ 1,1 milhão.
Esta pesquisa começou há muito tempo, em 1971, quando O’Keefe identificou um tipo de célula nervosa localizadora no hipocampo de roedores. Segundo ele, estas células formam um tipo de mapa no cérebro.
Mais recentemente, o casal de noruegueses descobriu um outro tipo de célula no cérebro que forma um sistema de coordenadas, o que nos dá o sentido de onde estamos com precisão.
De acordo com o Instituto Karolinska, em Estocolmo, que entrega o Prêmio Nobel, os cientistas desvendaram assim um mistério que discutiam há séculos: como sabemos onde estamos e por onde nos deslocaremos?
A pesquisa do GPS pode ajudar no entendimento do que acontece no cérebro de pessoas com Alzheimer, que comumente perdem senso de orientação.
Os avanços da neurociência são importantes também para a compreensão de outras funções cognitivas. É muito interessante observar como podemos aprimorar nosso conhecimento sobre o funcionamento do cérebro para poder usá-lo no máximo de sua potencialidade.
Outras pesquisas da neurociência também já mostraram que fazer exercícios para o cérebro, por exemplo, pode ampliar nossa capacidade de aprendizado, de memorização e de raciocínio. Entender como o cérebro funciona nos ajuda a desenvolvê-lo para ter uma vida melhor.
De acordo com professores da Universidade de San Diego na Califórnia, o cérebro pode ser treinado para melhorar seu desempenho. Fazer exercícios para o cérebro é uma forma de construir novos caminhos de conexões neurais para o entendimento de conceitos e resolução de problemas futuros. Esta ideia parte do princípio de que, se você se depara com um desafio pela segunda vez, seu cérebro já conhece o caminho para superá-lo e você o faz mais rapidamente.
No Brasil, milhares de pessoas fazem exercícios para o cérebro com o método SUPERA. O princípio deste método é oferecer ao cérebro novidade, variedade e desafio crescente, ativando novas redes de conexões neurais e aumentando o potencial do cérebro.
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