Será que a sua memória está em dia? Faça o teste de memória e descubra como está a saúde do seu cérebro!
Há vários fatores que impedem o cérebro de trabalhar com todo o seu potencial e prejudicam a memória. A princípio a pressão alta pode ser prejudicial, mesmo quando não leva à ataques cardíacos ou a acidentes vasculares cerebrais.
Do mesmo modo, o excesso de bebida alcoólica, a depressão, a ansiedade, as preocupações do dia a dia, a angústia diante do excesso de informações, decisões difíceis de serem tomadas. Assim como, a falta de horário regular de sono, abuso de pílulas para dormir e uso de alguns medicamentos como ansiolíticos, tranquilizantes e determinados anti-hipertensivos. Tudo isso pode levar a esquecimentos transitórios, ou seja, que são intensos e podem ser passageiros.
O estresse crônico também é prejudicial ao bom funcionamento da memória, pois altera o equilíbrio químico do cérebro, diminuindo a capacidade de atenção e o interesse pelas coisas em geral.
Portanto, as causas para um indivíduo apresentar dificuldades de memória são variadas e, por essa razão, quando estas dificuldades trazem um impacto negativo na vida cotidiana, merecem uma investigação minuciosa. Assim, além da ajuda de um profissional especializado, são necessárias algumas mudanças de hábito, como a inserção de um estilo de vida ativo e a prática regular de atividades de treino cognitivo como a ginástica para o cérebro.
Como saber se a saúde do seu cérebro está em dia?
Sobretudo, as habilidades e dificuldades de memória podem ser percebidas no cotidiano. No entanto, há questionários que nos auxiliam na identificação da frequência de esquecimentos, para entendermos se estamos no caminho de uma saúde mental saudável ou se estamos no caminho dos hábitos de vida, que nos levam às dificuldades cognitivas. Além disso, habilidades e dificuldades também são identificadas no nosso dia-a-dia, por meio da nossa observação e observações feitas por pessoas do círculo de convivência, como familiares, colegas de trabalho ou professores que nos conhecem e sabem como desempenhamos nossas funções para as diferentes tarefas que somos solicitados.
2018O teste de memória reproduzido a seguir pode ser utilizado com esta finalidade. O objetivo é saber a frequência de esquecimentos que acontecem em nosso dia-a-dia, para que saibamos um pouco mais sobre nós e sobre a presença de possíveis dificuldades, que podem ser compensadas. Este teste chama-se questionário de Frequência de Esquecimentos criado e elaborado por uma pesquisadora francesa chamada MacNair. Primordialmente, ele é aplicável em adultos a partir dos 45 anos e em pessoas idosas.
Nosso convite é para que preencha as questões abaixo e veja se está no caminho certo do bom funcionamento da memória ou se precisa revisar hábitos em seu cotidiano. Logo após, o resultado estará disponível no final do preenchimento do teste de memória, lembrando que este não substitui um diagnóstico médico. Vamos lá?
Teste de memória
No teste abaixo, use “0” para a resposta “nunca”, “1” para “às vezes”, “2” para “frequentemente” e “3” para “sempre”, indicando a frequência dos esquecimentos em sua vida nos últimos tempos. Anote em um papel, realize a soma final e veja a resposta!
Com que frequência você se esquece de:
- Acontecimentos recentes, como o que fez no final de semana? Nunca: 0 Ás vezes:1 Frequentemente:2 Sempre: 3
- Compromissos? Nunca: 0 Ás vezes:1 Frequentemente:2 Sempre: 3
- O que aconteceu num filme ou numa novela? Nunca: 0 Ás vezes:1 Frequentemente:2 Sempre: 3
- Pagar suas contas? Nunca: 0 Ás vezes:1 Frequentemente:2 Sempre: 3
- O que foi fazer ou procurar em outro lugar? Nunca: 0 Ás vezes:1 Frequentemente:2 Sempre: 3
- Nome de pessoas famosas? Nunca: 0 Ás vezes:1 Frequentemente:2 Sempre: 3
- Que já disse várias vezes a mesma coisa para as mesmas pessoas? Nunca: 0 Ás vezes:1 Frequentemente:2 Sempre: 3
- Apagar o fogo ou trancar a casa ou o carro? Nunca: 0 Ás vezes:1 Frequentemente:2 Sempre: 3
- Onde guardou objetos pessoais, como óculos ou chaves? Nunca: 0 Ás vezes:1 Frequentemente:2 Sempre: 3
- Trajetos comuns e caminhos que você faz no dia-a-dia? Nunca: 0 Ás vezes:1 Frequentemente:2 Sempre: 3
- Nomes de pessoas conhecidas ou familiares? Nunca: 0 Ás vezes:1 Frequentemente:2 Sempre: 3
- Números de telefones de familiares próximos ou números importantes? Nunca: 0 Ás vezes:1 Frequentemente:2 Sempre: 3
- Levar suas coisas com você? Nunca: 0 Ás vezes:1 Frequentemente:2 Sempre: 3
- Itens de rotina diária, como tomar remédios? Nunca: 0 Ás vezes:1 Frequentemente:2 Sempre: 3
- Palavras que queria dizer, mas que ficaram na ponta da língua? Nunca: 0 Ás vezes:1 Frequentemente:2 Sempre: 3
Resultado:
Por fim, após responder todo o teste de memória, você deve somar as alternativas e observar em qual pontuação você se enquadra:
Se você fez até 14 pontos- Esta pontuação indica que você está com uma boa qualidade do funcionamento de sua memória, porém a prática de um estilo de vida saudável é importante para a manutenção do seu desempenho; evitando assim um aumento na frequência de esquecimentos.
Se você fez de 15 a 29 pontos – Esta pontuação sinaliza um sinal de alerta para que ocorram mudanças em seus hábitos de vida, pois esta frequência de esquecimentos é considerada elevada e pode interferir na qualidade da execução das tarefas do cotidiano. Sugere-se a realização da prática de treinamento cognitivo e de atividades físicas regularmente. Evitando assim fatores que possam ocasionar um prejuízo cognitivo.
Se você fez 30 pontos ou mais- Esta pontuação indica que você deve procurar um profissional especializado em cognição, para realizar uma avaliação ampla de suas habilidades, conhecer o seu perfil cognitivo e entender se há dificuldades que possam sinalizar a presença de um problema de saúde. A ida a um profissional especializado servirá para orientá-lo para uma reorganização de rotina, para a utilização de recursos para otimização cognitiva, assim como para que ocorram mudanças em seu estilo de vida.
Contribuição de:
Profa. Dra. Thais Bento Lima-Silva, Docente do curso de Graduação em Gerontologia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP), Coordenadora do curso de pós-graduação em Gerontologia da Faculdade Paulista de Serviço Social (FAPSS), pesquisadora do Grupo de Neurologia Cognitiva e do Comportamento da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e diretora científica da Associação Brasileira de Gerontologia (ABG). Membro da diretoria da Associação Brasileira de Alzheimer- Regional São Paulo. E assessora científica e consultora do Método SUPERA.