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SAÚDE MENTAL
Alzheimer, um desafio a ser enfrentado

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Autora deste artigo,Simone Vieira de Melo Shimamoto, Gestora Pedagógica Método Supera Uberlândia e coordenadora do SUPERA Uberlândia.

Para começarmos nossas reflexões, conheçamos um pouco sobre o Mal de Alzheimer. Trata-se de uma doença degenerativa e progressiva que acomete o cérebro humano, causada pela perda acelerada de neurônios. O quadro de fragilidade na memória é o primeiro sinal percebido pela pessoa e/ou seus familiares. Infelizmente, até o momento, é uma doença incurável.

Vale ressaltar que apenas a perda na memória é insuficiente para um diagnóstico de Alzheimer, considerando-se que esta doença provoca danos cognitivos em outras funções superiores, além da memória. Quais seriam esses danos? Alterações, com declínio progressivo: na orientação espacial, na execução de tarefas e resolução de problemas, na compreensão da leitura, na realização de cálculos, no raciocínio, no humor…

Portanto, o esquecimento por si só não caracteriza a doença de Alzheimer, sendo necessário que outros aspectos sejam detectados em diagnóstico a ser realizado por um profissional especializado.

2013

A doença de Alzheimer não é uma doença do envelhecimento, mas uma doença que se aproveita dele. Há comprovação científica de que a chance de se ter Alzheimer é maior na terceira idade, intensificando na medida em que os anos vão se passando. Com a doença instalada, é de máxima importância cuidar para que a pessoa viva o maior tempo possível com autonomia, conforto, respeito e dignidade.

Os níveis da doença vão desde o leve até o avançado. No nível leve – inicial – a pessoa começa a perder a memória de fatos recentes, mas ainda vive com certa independência. Com a evolução da doença, ao passar para a fase moderada, a dependência vai aumentando, inclusive para questões básicas como alimentar e cuidar-se. Os fatos passados são, muitas vezes, lembrados com riqueza de detalhes, sendo a memória recente bastante debilitada. Já na fase avançada, a pessoa tende a chegar a uma perda tamanha que a impede, inclusive, de reconhecer seus familiares.

Atualmente existem medicações que atuam como inibidores auxiliando na melhora da cognição e ajudando a minimizar alguns sintomas, o que incide na qualidade de vida da pessoa afetada pela doença e, consequentemente, na de seus familiares. Mais importante que cuidar, é prevenir, desde a mais tenra idade.

Outra comprovação científica nos mostra que os fatores causadores da doença não são exclusivamente genéticos, podendo qualquer pessoa ter a doença. Então, como retardar, já que atualmente ainda não temos como evitar este processo? Há indícios de fatores que podem auxiliar na qualidade de vida, amenizando os impactos da doença ou mesmo retardando. Assim, o cuidado com a saúde durante toda a vida é extremamente importante. Exemplos deste cuidado: alimentação saudável, atividade física e atividade cerebral (estimulação cognitiva), além de participação em atividades que promovam a socialização e a melhoria da autoestima.

A atividade física deve ser aquela que melhor se adeque ao perfil da pessoa, para que seja prazerosa e constante. A estimulação cognitiva deve envolver leitura, estudos, enfrentamento de desafios novos, constantes e gradativos, utilizando o máximo possível das funções intelectuais e cognitivas ao longo de toda a vida da pessoa. Outras atividades também direcionadas à estimulação cerebral são atividades sistematizadas de raciocínio, jogos, dinâmicas e neuróbicas, realizadas com o intuito de desafiar e aprimorar constantemente as ações cognitivas, possibilitando a criação de novas conexões neuronais e oxigenando o cérebro.

Estas análises confirmam a importância de nos cuidarmos preventivamente. Sairmos da tendência remediadora tão forte em nossa cultura e assumirmos uma nova concepção de saúde, desde a infância. Plantando tais sementes, certamente colheremos excelentes frutos.

Aos familiares e acompanhantes, todo carinho, respeito e cuidado possível. A humanidade, em função de diversos fatores, tem conquistado uma longevidade significativa nos últimos tempos. Cabe, então, a todos nós, cuidarmos de nossa saúde física, cognitiva e emocional, a fim de que não apenas vivamos mais, mas vivamos mais, com maior qualidade de vida e dignidade.

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