SUPERA – Ginástica para o Cérebro

Por que recordar é viver?

Recordar é viver! Você certamente já ouviu isso e não é para menos. As memórias afetivas são conceituadas como memórias episódicas carregadas de afeto seguindo como episódios únicos carregados de afeto que são lembrados anos depois e ainda influenciam as percepções e o comportamento.

Eles sugerem que essas memórias podem ser ativadas pela antecipação do envolvimento na tarefa e podem levar a diferentes valores positivos ou negativos para a atividade por meio de condicionamento ou associação direta.

            Ainda nesse âmbito as memórias afetivas são despertadas através de ações, gostos, aromas, cores, mas principalmente por sensações e sentimentos que nos remetem à infância.

Dessa forma, pode-se descrever que as memórias afetivas concentram-se em memórias de eventos pessoais que influenciam o curso de vida das pessoas, como por exemplo: escolhas ocupacionais e educacionais.

É válido ressaltar, quando pensamos em uma provocação simples como ‘recordar é viver’ que a primeira infância é a parte mais importante das nossas vidas, pois é quando descobrimos os inúmeros sentimentos, seja de fome, de experimentar uma comida saborosa, de alegria, de saudade.

A primeira vez que nos sentimos amados e protegidos, que nos sentimos acolhidos, e até mesmo a primeira vez que sentimos dor ou confrontados. As boas e más sensações são descobertas na primeira infância.

Seguindo-se a isso, destaca-se a importância de se construir boas relações e um ambiente adequado para cultivar as memórias afetivas.

Muitos problemas/transtornos de humor que se desencadeiam na juventude ou idade adulta, se dão pelos gatilhos constituídos pelas memórias afetivas, refletindo em emoções negativas vivenciadas na infância.

Esses eventos importantes são lembrados vividamente e continuam a influenciar, inspirar e sustentar ações e crenças muito depois da ocorrência original dos eventos importantes que eles representam.

Nesse sentido, os eventos importantes podem ser interpretados como fatores constituintes de expectativa ou valor na educação (por exemplo, se um aluno de repente percebe como a matemática ajuda na rotina diária).

Assim, podem contribuir ou mesmo representar memórias afetivas.

Recordar é viver porque, como dito, as memórias afetivas podem ser recordadas ao longo da vida, pois formam-se, primeiramente, na infância.

Logo, lembrar das coisas de maneira positiva pode ser uma estratégia eficaz de regulação emocional. Esse viés de positividade na memória pode ser um fator significativo que contribui para melhorar o estado de humor e aumentar as emoções positivas em várias faixas etárias, principalmente, na etapa da velhice.

Recordar é viver: confira dicas de exercícios para resgatar lembranças vividas e novos aprendizados:

            Essas dicas são alguns exemplos de como recordar as lembranças e criar novas oportunidades de aprendizado através das memórias. Porém, é importante relembrar e reforçar lembranças positivas para fortalecer as funções cognitivas, em especial, a memória afetiva.

Assinam este artigo:

Cássia Elisa Rossetto Verga

Estudante de Graduação do curso de bacharelado em Gerontologia pela Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo. Atualmente faz estágio na área de pesquisa em treino cognitivo de longa duração pelo Instituto SUPERA – Ginástica para o Cérebro.

Tem interesse na área de treino e estimulação cognitiva para idosos, com enfoque em neurologia cognitiva. É membro da Associação Brasileira de Gerontologia (ABG).

Já foi bolsista PUB da Universidade Aberta à Terceira Idade da EACH-USP, atual USP60 + nas oficinas de música e letramento digital. Participou como assessora de Projetos e Recursos Humanos na Empresa Geronto Júnior entre os anos de 2019 a 2020.

Profa. Dra. Thais Bento Lima-Silva

Gerontóloga formada pela Universidade de São Paulo (USP). Docente do curso de Graduação em Gerontologia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP), Coordenadora do curso de pós-graduação em Gerontologia da Faculdade Paulista de Serviço Social (FAPSS), pesquisadora do Grupo de Neurologia Cognitiva e do Comportamento da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e diretora científica da Associação Brasileira de Gerontologia (ABG). Membro da diretoria da Associação Brasileira de Alzheimer- Regional São Paulo. É assessora científica e consultora do Método Supera.

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