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Perda de memória em jovens, por que isso acontece?

A perda de memória não é uma questão exclusiva de uma faixa etária específica; ela pode afetar pessoas de diferentes idades, incluindo jovens, frequentemente devido ao estilo de vida moderno e às pressões acadêmicas e sociais (Derakhshan, 2020) . Analisar os fatores que influenciam a memória ao longo da vida é essencial. Vamos explorar as possíveis causas da perda de memória em jovens e como melhorar essa situação.

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Fatores contribuintes para a perda de memória em jovens

Estresse e Ansiedade

O estresse e a ansiedade são fatores significativos que podem impactar a memória. A vida contemporânea traz uma série de desafios, como a pressão para se destacar academicamente e manter uma presença ativa nas redes sociais. Estudos demonstram que altos níveis de estresse e ansiedade podem prejudicar a capacidade de concentração e, consequentemente, a memória.

Privação de Sono

O sono desempenha um papel essencial na consolidação da memória. Durante o sono, o cérebro processa e armazena informações adquiridas ao longo do dia. A privação de sono, comum entre jovens devido a estudos, trabalho e uso de dispositivos eletrônicos, compromete essa função, resultando em lapsos de memória (Mason, 2021).

Excesso de Tecnologia

O uso excessivo de tecnologia, especialmente antes de dormir, pode interferir nos padrões de sono e na capacidade de concentração. A sobrecarga de informações e a constante estimulação das telas podem dificultar a retenção de informações e afetar negativamente a memória.

Estratégias para Melhorar a Memória (Unicef, 2021)

Redução do Estresse

Participar de atividades que promovem o relaxamento, como meditação, yoga e exercícios físicos, pode ajudar a reduzir os níveis de estresse e ansiedade. Técnicas de gerenciamento do estresse são eficazes não apenas para a saúde mental, mas também para a melhora da memória.

Manutenção de uma Boa Higiene do Sono

Estabelecer uma rotina de sono regular é importante. Ir para a cama e acordar nos mesmos horários todos os dias ajuda a regular o relógio biológico e melhora a qualidade do sono, permitindo que o cérebro desempenhe suas funções de consolidação da memória de maneira eficaz.

Uso Moderado da Tecnologia

Limitar o tempo de tela, especialmente antes de dormir, pode melhorar tanto a qualidade do sono quanto a capacidade de atenção. Dedicar tempo a atividades offline, como ler, desenhar ou praticar esportes, contribui para uma melhor saúde cognitiva e memória.

Embora a perda de memória seja frequentemente discutida em relação ao envelhecimento, é importante reconhecer que jovens também podem ser afetados. Compreender os fatores que contribuem para lapsos de memória e implementar estratégias para mitigá-los pode resultar em melhorias significativas na qualidade de vida, desempenho acadêmico e profissional. Cuidar da saúde mental e física em todas as fases da vida é fundamental para garantir uma memória robusta e um bem-estar contínuo.

Referências

DERAKHSHAN, Nazanin. Attentional control and cognitive biases as determinants of vulnerability and resilience in anxiety and depression. In: Cognitive biases in health and psychiatric disorders. Academic Press, 2020. p. 261-274.

MASON, Gina M. et al. Sleep and human cognitive development. Sleep medicine reviews, v. 57, p. 101472, 2021.

SAÚDE MENTAL DE ADOLESCENTES E JOVENS. [S. l.], 2021. Disponível em: https://www.unicef.org/brazil/relatorios/saude-mental-de-adolescentes. Acesso em: 23 jul. 2024.

Profa. Dra. Thais Bento Lima-Silva

Gerontóloga formada pela Universidade de São Paulo (USP). Docente do curso de Bacharelado e do Programa de Mestrado em Gerontologia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP), pesquisadora do Grupo de Neurologia Cognitiva e do Comportamento da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e diretora científica da Associação Brasileira de Gerontologia (ABG). Membro da diretoria da Associação Brasileira de Alzheimer- Regional São Paulo, parceria científica do Instituto Supera de Educação.

Maria Antônia Antunes de Souza

Graduanda em Gerontologia pela Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP). Foi bolsista de iniciação científica PUB do projeto intervenções psicoeducativas para a COVID-19 aliada à estimulação cognitiva no programa USP 60 + e atualmente é membro do Grupo de Estudos em Treino Cognitivo da USP (GETCUSP).

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