Por muitos anos, os cientistas pensaram que o fluxo sanguíneo do cérebro era constante, no entanto estudos recentes comprovaram que o fluxo sanguíneo, aumentava toda vez a gente raciocinava, ou quando processávamos qualquer tipo de pensamento.
Importante saber que ao pensar e acionar as habilidades mentais, o cérebro precisa de utilizar a sua reserva de energia.
Mas como esta energia é utilizada? A reserva de energia do cérebro é criada e posteriormente utilizada, através da quebra das moléculas de glicose e, para isso, é necessário também que se tenha oxigênio e um novo sangue a ser utilizado.
Depois que as moléculas de glicose são fragmentadas, subprodutos do metabolismo são liberados e rapidamente obtidos pelo sangue e levados para longe do cérebro.
Posteriormente o nosso corpo saberá exatamente quais partes do cérebro requerem a energia extra. O fluxo sanguíneo aumentará na área especializada do pensamento processado, ou do problema a ser resolvido.
Ginástica para o cérebro
Uma dúvida comum nesta vertente, está relacionada sobre o que acontece com o nosso cérebro, quando ele é estimulado, com os exercícios de ginástica cerebral?
Muitos se perguntam se eu estou exercitando meus músculos, com o passar do tempo vejo resultados no meu condicionamento físico, na minha musculatura, como o cérebro pode se beneficiar com a prática de ginástica cerebral?
Ao ser estimulado com atividades intelectuais, o cérebro consolida as sinapses (ou seja, possibilita que ocorram conexões mais fortes entre os neurônios), consequentemente o fluxo sanguíneo aumenta, com isso há um crescimento na produção de proteínas, responsáveis pela estabilidade do humor, pelo controle do nível de cortisol que deixa o organismo em estado de estresse e no crescimento da rede neural.
Alguns exemplos de atividades que promovem o crescimento da rede neural e auxiliam no aumento fluxo sanguíneo cerebral, são:
- Jogar xadrez: promove a criação de estratégias e estímulo o desempenho do raciocínio;
- Exercícios de cálculos com o uso do ábaco: melhora o desempenho das funções executivas, do raciocínio e das habilidades visuo-espaciais;
- A dança: é uma atividade física e intelectual ao mesmo tempo, pois envolvem comandos simultâneos e as habilidades de atenção sustentada e dividida, e promove a interação social;
- O Caça-palavras e o jogo das diferenças: estimulam nas habilidades de atenção e concentração
O cérebro de Einstein
Uma curiosidade interessante, é que muitas pessoas se perguntam, também sobre o formato das áreas do cérebro, de indivíduos de grande destaque das ciências, como do físico Albert Einstein, será que o cérebro deste renomado pesquisador, tinha um volume maior do que a média dos homens de sua faixa etária?
E algumas respostas foram encontradas, em um estudo publicado no ano de 2014, no Jornal científico: Brain, conduzido por um grupo de neurocientistas, que destacaram que ao analisar o cérebro de Albert Einstein, observou-se que seu corpo caloso, região do cérebro, responsável por integrar o hemisfério direito com o esquerdo, era mais desenvolvida do que de homens adultos e de meia idade, além disso, seu cérebro tinha uma rede neural bem sólida, o que provavelmente possibilitava seu bom desempenho na resolução de problemas, no desenvolvimento das fórmulas de física e de matemática, mas o seu cérebro não tinha um volume maior.
Sabe-se que durante a sua vida, Albert Einstein era um estudioso que buscava a leitura, os desafios matemáticos e tinha prazer em realizar pesquisas.
Deste modo seus ganhos cognitivos eram perceptíveis e diferenciados, por isso pensando nesta história bem-sucedida, que foi um marco nos estudos das ciências, busque potencializar o seu desempenho cognitivo, com estímulos intelectuais, e saiba que embora não esteja observando mudanças físicas, internamente, várias reações bioquímicas e mudanças que fortalecerão o seu cérebro estarão acontecendo, por isso adote em seu estilo de vida a ginástica cerebral e saiba que você tem potencial, para se destacar nas atividades que realizar, lembre-se do exemplo do grandioso Albert Einstein.
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Profa. Dra. Thais Bento Lima-Silva, Docente do curso de Graduação em Gerontologia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP), Coordenadora do curso de pós-graduação em Gerontologia da Faculdade Paulista de Serviço Social (FAPSS), pesquisadora do Grupo de Neurologia Cognitiva e do Comportamento da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e conselheira executiva da Associação Brasileira de Gerontologia (ABG) e colunista e Assessora científica de pesquisa do SUPERA Instituto de Educação Ltda.
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