Os jogos fazem parte da cultura dos povos desde os primórdios das civilizações. Para além de um passatempo, trazem em si o objetivo de auxiliar o homem na educação do corpo e da mente para enfrentar os possíveis desafios cotidianos. Embora tenham surgido com tal preocupação, a popularização, o comércio dos jogos e os avanços tecnológicos deram enfoque à função recreativa, secundarizando o aprimoramento das habilidades que podem ser desenvolvidas a partir da prática do jogo.
2014O método SUPERA utiliza os jogos como ferramenta de estímulo cognitivo. Sendo assim, cada jogo que compõe o acervo utilizado no curso de ginástica cerebral foi cuidadosamente selecionado para garantir que o aluno seja desafiado de maneira prazerosa, a fim de potencializar suas capacidades, manter seu cérebro ativo e sua saúde mental.
Os jogos e o cotidiano
Jogos milenares como o Gammon e o Jarmo são provenientes de histórias lendárias de antigos povos. São desafios de tabuleiro que exigem que o jogador adote uma estratégia para defender as suas peças e vencer seu oponente. Para tanto, é preciso fazer uso da atenção, do foco, do pensamento contínuo, da memória, do raciocínio lógico e do pensamento estratégico. Assim, essas habilidades são aprimoradas e exercitadas, de modo que, quando for necessário solucionar um problema que exija tais habilidades, o cérebro automaticamente busca as referências de experiências anteriores, consolidadas nas reservas cognitivas da pessoa.
Consideremos o aperfeiçoamento do raciocínio lógico – capacidade de estabelecer relações, análises e comparações, a fim de refletir e elaborar uma solução para o problema apresentado – por meio do jogo. Um empresário, por exemplo, recorrerá a esta habilidade quando precisar resolver questões de seu cotidiano que exijam análises e reflexões, como elaborar estratégias para a captação de novos clientes. Portanto, os benefícios conquistados estão além da saúde mental e qualidade de vida, já que também têm influência no desempenho profissional e escolar dos envolvidos.
Ainda que a difusão das tecnologias tenha propagado a criação de jogos com finalidade exclusiva de passatempo, também trouxe ganhos. Alguns jogos tradicionais ganharam versões tecnológicas, com variações de regras que podem ser ainda mais desafiadoras e convidativas. E os desafios como sudoku, arukone e o pic a pix estão disponíveis em aplicativos para smartphones e tablets, dispensando o uso de papel e caneta, e flexibilizando o tempo, atualmente tão escasso.
É importante ressaltar que, para conquistar os benefícios que os jogos podem proporcionar, os desafios precisam ser resolvidos a partir de reflexões, tirando o cérebro da zona de conforto. Solucioná-los à base de tentativas e erros não resultará em desenvolvimento cognitivo, pois a ação é proveniente de automatismos e possibilidades irrefletidas que não geram os estímulos necessários ao cérebro. Deste modo, é imprescindível dominar as regras do jogo em questão, para que estas subsidiem as estratégias que serão elaboradas, permitindo a busca de certezas por meio de análises lógicas e reflexivas.
Nesse sentido, além dos jogos serem envolventes e prazerosos, também desenvolvem as capacidades cognitivas e emocionais, contribuindo para manter a saúde mental.