A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem trazido reflexões e especial atenção ao contexto da saúde mental e na qualidade de vida. Dados da OMS destacam que o estresse atinge 90% da população mundial, e no cenário brasileiro, 70% da população apresenta este quadro.
O estresse geralmente se associa com situações que provocam frustrações, estado de alerta e nervosismo.
Nesse sentido, o estresse tem sido um fator comum no cotidiano de muitas pessoas da sociedade contemporânea, independente do estágio de vida.
Estar frequentemente estressado pode gerar consequências físicas, psicológicas e emocionais e um exemplo do quanto o estresse afetou o nosso cotidiano, foi vivenciado no contexto de pandemia por COVID-19, ao qual tivemos privações de atividades do nosso interesse, vivemos um contexto de uma doença desconhecida e nova, e tivemos agravos à saúde mental e à qualidade de vida, decorrentes do contexto de distanciamento social.
Neste sentido ficam algumas questões: qual seria a definição de um estado de estresse e suas consequências para o nosso bem-estar e saúde geral?
De acordo com o Ministério da Saúde, é uma reação natural do organismo humano perante a situações de perigo ou de ameaça.
Sendo que esse mecanismo causa alterações emocionais e biológicas em nosso organismo.
Quando pensamos no contexto biológico, sabemos que situações de estresse, liberam no nosso organismo o hormônio do cortisol, que em excesso deixa o nosso cérebro em estado de alerta excessivo, e pode causar no organismo alterações bioquímicas, alterações esta que podem gerar acúmulo de toxinas no organismo, alterações nos níveis de açúcar no sangue, aumento da pressão arterial ou a queda da pressão arterial, enxaqueca, e dores musculares por exemplo. Adicionalmente, o indivíduo em estado de estresse, pode muitas vezes relatar dificuldades no desempenho de suas habilidades mentais, como na sua memória, atenção, concentração, relatando uma pior qualidade de vida.
A evolução do estresse em um indivíduo pode ser classificado em três fases: a primeira seria a fase denominada de alerta na qual os sintomas mais comuns são agitação, suor nos pés e mãos, insônia, batimentos cardíacos acelerados, tensão e dores musculares.
A segunda fase é a de resistência na qual entre os sintomas mais comuns estão: problemas relacionados com a memória, irritabilidade excessiva, hipertensão arterial, sensibilidade emotiva em excesso, mudanças no apetite, cansaço constante, entre outros.
O terceiro estágio é classificado como fase de exaustão na qual podem surgir comprometimentos físicos de origem diversas, por exemplo úlceras, formigamentos nas extremidades, dificuldades vida conjugal, prejuízos na sexualidade, insônia grave, angústia, perda do senso de humor, sendo que o conjunto desses sintomas podem impossibilitar a pessoa de exercer atividade profissional.
Separamos algumas dicas para prevenção e controle do estresse, visando uma promoção da qualidade de vida e bem-estar geral:
- O estilo de vida saudável, combate situações de estresse;
- Tenha uma alimentação saudável e equilibrada e beba mais água;
- Passe mais tempo com amigos e familiares, ter uma boa qualidade do sono auxilia na prevenção do estresse, na redução dos sintomas de ansiedade e favorece o processo de aprendizagem;
- Realize atividades de estimulação cognitiva, com exercícios que treinem a atenção, a concentração; a memória e as demais habilidades cognitivas, pois um cérebro ativo, e estimulado, permanece protegido dos agravos causados em situações estressoras. Aproveite as aulas abertas disponíveis pelo Método Supera;
- Pratique atividades físicas e esportes regulares. Além de ocupar o tempo com algo prazeroso, a prática permite que o organismo libere hormônios como as endorfinas, que melhoram o humor e agem como analgésicos naturais. Portanto, a prática de atividades físicas é considerada um ótimo aliado ao combate ao estresse.
Como você pode observar, podemos viver de forma mais leve, saudável e equilibrada, eliminando e aliviando os estresses que surgirem no nosso cotidiano! Cuide-se e pense em adquirir mais qualidade aos anos de vida conquistados.
Assinam esse artigo
Clara Raiana S. do Nascimento, Estudante de Graduação do curso de bacharelado em Gerontologia pela Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo ( EACH – USP), integrante do grupo de pesquisa de Indicadores de vacinação de idosos 80+ com comorbidades (PIVIC80+) da USP e integrante do grupo de pesquisa e iniciação científica de Cuidados Paliativos da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP).
Gabriele Santos, Gerontóloga formada pela (EACH – USP); Integrante do grupo de pesquisa de Indicadores de vacinação em idosos 80+ com comorbidades (PIVIC80+); Foi pesquisadora no estudo risco de hospitalização de idosos e continuidade da assistência no hospital universitário HU-USP em 2018. Atuou como monitora no projeto envelhecimento ativo do hospital universitário da USP – HU-USP em 2019. Foi pesquisadora do estudo, efeito do treinamento resistido em idosos em isolamento social pelo COVID-19 em 2020. Ex diretora do jurídico financeiro da empresa júnior de gerontologia – GerontoJr, Gestora do residencial sênior terça da serra – Belém.
Profa. Dra. Thais Bento Lima-Silva, Docente do curso de Graduação em Gerontologia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP), Coordenadora do curso de pós-graduação em Gerontologia da Faculdade Paulista de Serviço Social (FAPSS), pesquisadora do Grupo de Neurologia Cognitiva e do Comportamento da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e diretora científica da Associação Brasileira de Gerontologia (ABG). Membro da diretoria da Associação Brasileira de Alzheimer- Regional São Paulo. E assessora científica e consultora do Método SUPERA.
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