SUPERA – Ginástica para o Cérebro

Mês tulipa vermelha e a sensibilização para a Doença de Parkinson

Você sabia que dia 11 de abril é o dia mundial da Doença de Parkinson e que todo o mês é voltado para a conscientização da doença? Essa data foi escolhida em homenagem a James Parkinson, médico inglês que descreveu a doença pela primeira vez em 1817, na época chamada de “paralisia agitante”.

Somente 50 anos depois, após novas descobertas feitas pelo pesquisador Jean-Martin Charcot a doença recebeu o nome de Doença de Parkinson (DP).

No ano de 2005, a tulipa vermelha foi escolhida como o símbolo oficial do mês de sensibilização da doença de Parkinson.

A escolha deste símbolo originou-se, em decorrência da criação de uma tulipa vermelha com detalhes em branco pelo floricultor holandês diagnosticado com Parkinson, J.W.S Van der Wereld. Ele nomeou sua criação como Tulipa Dr. James Parkinson, em homenagem às contribuições feitas pelo médico.

Mas o que é a Doença de Parkinson?

A DP faz parte do grupo de doenças neurodegenerativas e promove diversas alterações no funcionamento motor, atingindo principalmente pessoas acima de 60 anos de idade.

Isso acontece pois existem neurônios chamados de dopaminérgicos, produtores de dopamina (essenciais para o controle dos movimentos) e na DP, há uma perda progressiva desses neurônios na parte compacta da substância negra do mesencéfalo, causando a redução de dopamina em uma via chamada nigroestriatal.

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Consequentemente, a redução de dopamina causa alterações nos movimentos, principal característica da doença.

Apesar dos avanços da ciência, os conhecimentos sobre a DP ainda são limitados, não existindo um consenso sobre sua causa e o quanto está relacionada ao processo de envelhecimento.

Pesquisadores têm direcionado as investigações principalmente para quatro fatores: aspectos genéticos (considerando a hereditariedade), aspectos ambientais (exposição a toxinas), estresse oxidativo e alterações celulares.

            Os primeiros sintomas costumam ser inicialmente notados pelo próprio indivíduo e pelas pessoas mais próximas, como a lentidão dos movimentos, tremores em repouso, rigidez muscular e anormalidade na postura.

Outros sintomas são: a diminuição do tamanho da letra, acinesia, ou seja, uma diminuição da quantidade e amplitude de movimentos, problemas na fala e no sono, depressão, além de problemas respiratórios, urinários e dificuldade na deglutição.

Conforme a doença progride, a necessidade de um cuidador aumenta. Cuidadores formais ou informais são essenciais para ajudar pessoas com  Doença de Parkinson a se adaptarem aos efeitos da doença no corpo e realizarem as atividades do dia a dia, como higiene pessoal, alimentação e locomoção.

Sabe-se que as mudanças geradas pela DP também são desafiadoras para quem convive, em especial ao cuidador, o qual possui grandes demandas de cuidados prestados ao paciente, que exige esforço físico e emocional. Esta sobrecarga pode levar  ao adoecimento e interferir na qualidade de vida do cuidador. Nesse sentido, a Associação Brasil Parkinson (ABP) oferece apoio psicológico para cuidadores de pessoas com Doença de Parkinson, além de atender exclusivamente os pacientes por meio de atividades orientadas por profissionais das áreas de fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia, nutrição e educação física.

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Algumas orientações podem auxiliar a rotina do paciente e de seus familiares:

Acesse aqui o manual 1:

Acesse aqui o manual 2:

            Este mês tem uma importante relevância, pois não refere-se à uma comemoração, e sim ao fato de promovermos ações de sensibilização e conscientização, em prol dos cuidadores, pacientes diagnosticados com a DP e profissionais que lidam diariamente com os cuidados e tratamentos relacionados à doença. E é uma forma de não estigmatizar a vida do portador de DP, evitando assim tabus e estereótipos presentes na sociedade em relação às doenças neurodegenerativas.

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Assinam este artigo:

Sabrina Aparecida da Silva, Graduanda do curso de Gerontologia pela Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo. Estagiária na área de pesquisa em treino cognitivo pelo instituto SUPERA- Ginástica para o Cérebro. Atuou como bolsista do projeto de pesquisa intitulado “Indicadores de Adesão à Vacinação Contra COVID-19 entre Idosos Longevos Atendidos em um Centro de Saúde Escola da USP” e da oficina “Mentes Ativas” da USP60+.

Profa. Dra. Thais Bento Lima-Silva, Docente do curso de Graduação em Gerontologia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP), Coordenadora do curso de pós-graduação em Gerontologia da Faculdade Paulista de Serviço Social (FAPSS), pesquisadora do Grupo de Neurologia Cognitiva e do Comportamento da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e diretora científica da Associação Brasileira de Gerontologia (ABG). Membro da diretoria da Associação Brasileira de Alzheimer- Regional São Paulo. E assessora científica e consultora do Método SUPERA.

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