SUPERA – Ginástica para o Cérebro

IBGE: Um Brasil mais envelhecido com 32 milhões de idosos

Censo de 2022: Brasil, um país mais envelhecido e mais feminino

Dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam um aumento expressivo na população idosa do Brasil, sinalizando uma transformação significativa na estrutura demográfica do país.

O Censo de 2022 revelou que o Brasil é um país mais envelhecido e mais feminino. O número de pessoas com 65 anos ou mais na população brasileira cresceu 57,4% em 12 anos. Esse aumento representa o maior salto de envelhecimento registrado entre dois censos desde 1940.

Em 2010, a proporção de pessoas com 65 anos ou mais para jovens (até 14 anos) era de 30,7 para 100. No censo de 2022, essa relação transformou-se para 55 idosos para cada 100 jovens. Estes números indicam uma tendência clara de diminuição da população jovem e crescimento da população idosa, como se reflete na evolução da pirâmide etária.

Outro aspecto notável é a crescente predominância feminina na população brasileira. As mulheres representam atualmente 51,5% dos 203 milhões de brasileiros, totalizando cerca de 104,5 milhões, em comparação com 98,5 milhões de homens.

Em 2010, para cada 100 mulheres, havia 96,9 homens, enquanto em 2022, essa proporção reduziu-se para 94,2 homens para cada 100 mulheres. O estado do Rio de Janeiro se destaca como o mais feminino, com 52,8% de sua população composta por mulheres, superando os homens com uma diferença significativa de 89,4 homens para cada 100 mulheres.

Além disso, é importante ressaltar que a idade mediana da população brasileira aumentou consideravelmente nos últimos anos, passando de 29 anos em 2010 para 35 anos em 2022. Essa medição significa que metade da população possui até 35 anos de idade, enquanto a outra metade é composta por indivíduos mais velhos. Isso reforça a tendência de envelhecimento da sociedade brasileira.

Outra característica notável é a grande diversidade nas idades da população em diferentes regiões do país. O Norte apresenta a população mais jovem, com 25,2% de seus habitantes com menos de 14 anos e uma idade mediana de 29 anos.

Por outro lado, as regiões Sudeste e Sul se destacam como as mais envelhecidas, com aproximadamente 12% dos residentes com 65 anos ou mais. A idade média nessas regiões é de 37 anos no Sudeste e 36 anos no Sul, sendo as mais altas do Brasil.

Essas informações do Censo de 2022 revelam que a estrutura etária do Brasil está passando por uma rápida transformação, caracterizada por um aumento significativo da população idosa.

Brasil mais envelhecido: Fatores associados ao envelhecimento populacional

Para entender melhor essas tendências demográficas, é fundamental analisar os fatores subjacentes. A redução da taxa de fecundidade ao longo das últimas décadas é um dos principais motivos por trás do rápido envelhecimento da população brasileira. Esse declínio na taxa de natalidade contribui para o aumento da proporção de idosos em relação à população total.

Além disso, a crescente predominância das mulheres na população tem raízes históricas, relacionadas às maiores taxas de mortalidade entre os homens. De acordo com o IBGE, as mulheres têm uma taxa de mortalidade mais baixa em comparação com os homens, o que significa que a população brasileira tende a se tornar cada vez mais feminina.

Até os 24 anos de idade, os homens ainda são a maioria na população, mas a partir dessa faixa etária, as mulheres os superam, devido à sobremortalidade masculina, que é mais intensa na juventude e muitas vezes é causada por mortes violentas, como acidentes e homicídios.

Os Avanços na área da saúde, melhorias nas condições de vida, transição epidemiológica, aumento da urbanização, mudanças culturais e sociais, bem como o sistema de previdência social, também são fatores que contribuem para moldar a demografia atual do país.

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Assinam este texto:

Diana dos Santos Bacelar

Estudante de Graduação do curso de bacharelado em Gerontologia pela Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo. Atualmente faz estágio na área de pesquisa em treino cognitivo de longa duração pelo Instituto SUPERA – Ginástica para o Cérebro.

Tem interesse na área de treino e estimulação cognitiva para idosos, com enfoque em neurologia cognitiva. Já foi bolsista PUB da Universidade Aberta à Terceira Idade da EACH-USP, atual USP60 + nas oficinas de letramento digital.

Profa. Dra. Thais Bento Lima-Silva

Gerontóloga formada pela Universidade de São Paulo (USP). Docente do curso de Graduação em Gerontologia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP), Coordenadora do curso de pós-graduação em Gerontologia da Faculdade Paulista de Serviço Social (FAPSS), pesquisadora do Grupo de Neurologia Cognitiva e do Comportamento da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e diretora científica da Associação Brasileira de Gerontologia (ABG). Membro da diretoria da Associação Brasileira de Alzheimer- Regional São Paulo. É assessora científica e consultora do Método Supera.

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