SUPERA – Ginástica para o Cérebro

Fernando Aguzzoli fala com leveza sobre Alzheimer

Fernando Aguzzoli fala com leveza sobre Alzheimer - SUPERA - Ginástica para o Cérebro

O criador do site “Vovó Nilva” e parceiro do SUPERA ressalta a importância da prevenção de doenças degenerativas

Fernando Aguzzoli, 26 anos, é o mais novo parceiro do Método SUPERA. Escritor gaúcho, Fernando é autor das obras “Quem, eu?” e “Vovô é um Super-Herói”, livros infantis que têm como objetivo falar sobre a velhice, o Alzheimer e suas limitações. A obra “Quem, Eu?” conta a trajetória pessoal de sua avó Nilva, acometida pelo Mal de Alzheimer.

Fernando roda o Brasil inteiro com palestras, contando sua história e mostrando como as doenças degenerativas podem ser prevenidas e como lidar com essa situação de maneira adequada. “Tento mostrar para os familiares que é simples lidar com o idoso com doença degenerativa, e discuto questões mais complexas, como aceitação e como lidar com alguns complexos naturais da doença, para garantir qualidade de vida”.

Aguzzoli também é o criador do site e das redes sociais do “Vovó Nilva”. O site foi ao ar esse ano e conta com a parceria de médicos, terapeutas, psicólogos e também do SUPERA; para mostrar como é possível chegar nos 60+ com saúde e qualidade de vida.

2018

Fernando possui um público jovem e dinâmico e bate na tecla da importância de cuidar da saúde do cérebro desde cedo.

Confira a entrevista:

– Como foi a descoberta da doença da sua avó e como era lidar com o Alzheimer na rotina?

Todos os dias eu via minha avó, saía do colégio e ia direto para casa dela. Sempre tive uma relação muito próxima, de muito amor, passei minha infância toda e boa parte da juventude junto dela. Ela morava sozinha, tinha independência. Ia até sua casa, cochilava, deitava no seu colo… Ela começou a tomar medicamentos de maneira errada, que geraram algumas desorientações, dores de cabeça. Quando fomos ao médico, acredito que ela já estava manifestando o Alzheimer.

Fernando Aguzzoli e sua avó Nilva, inspiração para o projeto “Vovó Nilva” e o livro “Quem, Eu?”

Na época, tinha uma empresa, que funcionava como um clube de vantagens para universitários, fazia faculdade. Larguei para cuidar da minha avó; meus amigos foram contra a minha decisão de trancar a faculdade. Foi um choque para mim, descobri que era mais complexo do que pensava, que não ia ser engraçadinho e ia ser difícil lidar com isso todo dia. A primeira vez que ela esqueceu, ela estava fazendo tricô no quarto. Me olhou várias vezes, e perguntou se tinha netos e eu fiquei muito bravo, respondi de forma muito grosseira.

Não existe um exame assertivo… ao longo do percurso, vemos sintomas e reações que os médicos tenham mais certeza.

O Alzheimer é difícil e negado porque todo idoso com 80 anos tem esquecimentos, é considerado normal, as pessoas confundem, querem justificar todos os testes cognitivos pelo envelhecimento normal. Pode ser Alzheimer ou pode ser outras coisas.

Quais foram suas inspirações para a escrita do livro?

Minha própria avó.

-Como foi o processo de escrita do livro?

Comecei a escrever junto com minha avó. Porém, o mais difícil foi escrever sozinho. Foi a fase que entendi a morte da minha vó e eu não só vivi, como eu compartilhei minha dor. Ela sabia o que estávamos fazendo, conversávamos, mas ela não tinha total consciência. Comecei a escrever trechos nas redes sociais e pediram o livro. A vó faleceu e aí foi uma maneira de finalizar o projeto. Um médico me convenceu que ajudaria outras pessoas.

– Como você conheceu o Método SUPERA?

Conheci em uma palestra que eu dei em Salvador. O SUPERA estava nesse evento e eles me chamaram para apresentar uma atividade, e achei muito legal. Tem tudo a ver com meu trabalho, falamos sobre estímulo cognitivo. Uma parte da prevenção é o estímulo do cérebro e eu acho bacana que o SUPERA em todas as idades – crianças a 60+ – promove esse exercício do cérebro e é importante nunca parar.

– Pela sua experiência, quão importante para você é a prevenção de doenças degenerativas e qual a importância de manter a saúde da mente?

É muito importante. Trabalho com isso, eu vi de perto o que o Alzheimer pode fazer, a prevenção deveria ser obrigatória em todos os âmbitos.

– Para você, qual o segredo para lidar com as doenças degenerativas com bom humor?

Eu encontrei um campo muito fértil para o bom humor, pois o Alzheimer é um campo para isso. Abracei isso, o bom humor alcança lugares que os remédios não alcançam, a alma. As risadas atingem nossa alma e melhoram nossa qualidade de vida. Para nós, cuidadores, foi essencial. A interação social é importante, algo que as aulas do SUPERA também promove.

– Quais são os planos para o futuro? Pretende escrever um novo livro?

Pretendo. Escrevi outro livro de ficção, mas ainda não tenho previsão de lançamento. Tenho um projeto também, que é o livro “Quem,Eu?  2”, falando de outras famílias, contando casos, coisas que aprendi frequentando eventos, conhecendo profissionais, que podem ajudar outras pessoas.

Tatiana Olivetto – Assessoria de Imprensa Método SUPERA

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