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Falta de concentração na infância: o que é, quais são as causas e como vencê-la?

O volume de lições de casa, as atividades extracurriculares, a “pressão” por bons resultados — cada vez mais, as crianças têm sido expostas a fatores estressores. Além disso, há o excesso de estímulos externos em meio aos quais os pequenos já nasceram, com o fácil e prematuro acesso a tablets, smartphones e afins. Nesse contexto, em grande parte dos casos, a falta de concentração é o resultado, a ponto de, inclusive, tornar o processo de ensino-aprendizagem infantil mais lento.

No entanto, somados a esses fatores, quais são as principais causas dessa dificuldade de manter o foco? Como é possível combatê-la? Neste artigo, a nossa ideia é se aprofundar no tema, ressaltando o que é importante observar no comportamento das crianças para identificar quando é o momento de buscar um suporte especial. Boa leitura!

O que se pode entender por falta de concentração?

Antes de abordar o que se pode entender por “falta de concentração”, é importante pontuar que o tempo de foco infantil sofre variações de criança para criança. Afinal, há influências, inclusive, de questões externas, como a alimentação, o sono, a superexposição às telinhas, os aspectos emocionais, entre outras.

É por isso que muito se fala acerca do quanto os hábitos mantidos no dia a dia são capazes de “moldar” os pequenos e ampliar — ou diminuir — as suas capacidades.

A falta de concentração, por exemplo, ocorre quando a criança enfrenta dificuldades para manter a sua atenção voltada a uma situação ou a uma atividade determinada por um tempo esperado. No âmbito escolar, é possível percebê-la no enfrentamento de desafios como:

Quais são as principais causas da falta de concentração?

Existem alguns sinais que podem indicar que os pequenos vêm enfrentando problemas para se concentrar no dia a dia. É fundamental estar atento a esses possíveis sintomas, especialmente porque alguns casos podem demandar a busca de um suporte especializado. Nesse sentido, vale observar, por exemplo:

De forma geral, é comum que as crianças que apresentam esses sintomas sejam diagnosticadas com TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade) — o que não necessariamente é um equívoco. Porém, é fundamental não negligenciar outras possíveis razões para a falta de concentração, especialmente antes de se recorrer a alternativas farmacológicas. A seguir, listaremos as principais.

Depressão

A depressão na infância é um transtorno psicológico que normalmente se caracteriza por uma tristeza persistente e, principalmente, pela ausência de interesse em realizar atividades que eram prazerosas antes, como desenhar, assistir a um desenho na TV, brincar com os amigos etc.

Além disso, outros sintomas incluem:

Em alguns casos, sintomas assim são confundidos com “birras” e até com timidez. Contudo, é importante que os pais estejam atentos e, ao perceberem que perduram por mais de duas semanas, o mais recomendável é levar os pequenos a um pediatra ou a um psiquiatra infantil.

Geralmente, o tratamento abrange sessões de psicoterapia e, a depender da gravidade do quadro, a administração de antidepressivos.

Ansiedade

Os sintomas de ansiedade podem surgir de forma alternada, com períodos menos ou mais frequentes, durações variáveis e com maior ou menor intensidade. Via de regra, os sinais mais comumente observados, além da diminuição do foco, são:

Nesse caso, tanto o diagnóstico quanto o tratamento precoces podem evitar diversas repercussões negativas na vida das crianças. Durante a infância, normalmente, o combate ao quadro é mais eficaz com a administração de medicamentos combinada à psicoterapia — especialmente a TCC (terapia cognitivo-comportamental).

Déficit de Atenção

Como dito, embora não seja a única causa, o déficit de atenção é, sim, uma das razões para a falta de concentração na infância. Trata-se de uma condição crônica que se apresenta nos anos iniciais de vida dos pequenos e pode acompanhá-los até a vida adulta.

O TDAH tem um caráter neurobiológico, podendo levar à falta de atenção e à impulsividade. Além disso, as crianças com o diagnóstico costumam ser mais agitadas e, como consequência, normalmente enfrentam problemas escolares.

É importante pontuar que o tratamento precoce é extremamente importante. Por isso, o mais indicado é que os pais mantenham um olhar cuidadoso em relação a possíveis sintomas que levem à suspeita e, se necessário, busquem profissionais especializados.

Como superar esse problema?

Independentemente da motivação, existem algumas boas práticas que auxiliam a reduzir os impactos da falta de concentração na infância e que podem ser colocadas em ação no dia a dia. Neste tópico, listamos alguns bons exemplos:

Como visto, a falta de concentração pode ser associada a diversas causas. Em boa parte dos casos, os sintomas podem ser semelhantes. Mas, quando perduram por mais de duas semanas, o ideal é buscar a ajuda de um profissional para identificar quaisquer condições que demandem algum tratamento e uma ajuda especializada, a exemplo da ansiedade, da depressão e do TDAH.

Além disso, em paralelo, vale a pena adotar boas práticas no dia a dia que ajudarão reduzir os impactos da ausência de foco no dia a dia.

Este post foi útil? Então, aproveite para ler também como melhorar a capacidade cognitiva infantil!

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