Com o contexto da pandemia decorrente do vírus Sars-Cov-2 o nosso cotidiano sofreu diversas mudanças, tanto nos relacionamentos pessoais quanto mudanças extrínsecas impactando em fatores biológicos, psicológicos, econômicos e sociais. Devido a esse acontecimento o processo de envelhecimento saudável também foi afetado e simultaneamente a isso houve uma diminuição da expectativa de vida dos brasileiros, em 4.4 anos.
Neste sentido surgem algumas dúvidas, o que fazer para retomar a longevidade, prejudicada pela pandemia em nosso país. Uma das alternativas é ter a possibilidade de ter um processo de envelhecimento saudável /ativo, que de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) envelhecimento ativo é o “processo de otimização das oportunidades de saúde, participação e segurança com o objetivo de melhorar a qualidade de vida à medida que as pessoas ficam mais velhas.” A palavra ativo não se refere à ausência de doenças ou a fatores relacionados à capacidade física, mas sim uma conjuntura de pilares a fim de proporcionar autonomia e independência para todos os estágios do ciclo de vida.
Neste sentido , faz- se necessário que o poder público, organizações não governamentais e a sociedade em geral, possam promover o envelhecimento saudável. De acordo com a ótica da gerontologia a otimização e potencialização de qualquer esfera da vida de um indivíduo independe de sua idade cronológica e todos os esforços para a promoção de um envelhecimento digno e saudável impacta em todas as etapas do ciclo de vida, a diversidade e múltiplas faces de realidades faz com que a riqueza de termos velhices e ‘’envelheceres’’ nos tragam reflexões para uma sociedade justa, democrática e igualitária, fundamentos herdados desde a Revolução Francesa: Liberté, Egalité, Fraternité, em português liberdade, igualdade e fraternidade.
O envelhecimento saudável está baseado em pilares fundamentais para a efetividade de uma melhor expectativa de vida aliada à qualidade de vida, assim através da promoção de políticas públicas e sua efetivação podemos desfrutar de melhores condições de saúde e sociais para a concretização de direitos fundamentais, além disso, para estimular a participação social é necessário que os espaços públicos estejam adequados para a tramitação e aderência de todos os públicos e alinhar os sistemas de saúde para atender integralmente as necessidades de todas as faces da velhice.
Em suma , com a pandemia, notamos as necessidades de vigilância em saúde e apoio à ciência brasileira para seus avanços e protagonismos. Ademais, com o uso correto das tecnologias, estratégias extras podem ser adotadas para que o envelhecimento saudável aconteça, por exemplo participar de oficinas de capacitação, idiomas, meditação, estimulação cognitiva, etc. Para que assim a qualidade de vida seja retomada em todos os ciclos de vida no período pós pandemia.
Quer saber mais sobre o envelhecimento ativo e cuidados para uma longevidade com mais qualidade de vida? Vamos deixar uma dica para você: acesse a cartilha: Envelhecimento ativo: uma política de saúde em: https://bvsms.saude.gov.br.
Envelhecer bem é envelhecer com qualidade de vida! Por isso promova o envelhecimento saudável e tenha uma vida longeva!
Assinam este artigo
Andréia Rodrigues Pereira, Estudante de Graduação do curso de bacharelado em Gerontologia pela Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP), atualmente integrante do grupo de pesquisa de Indicadores de vacinação de idosos 80+ com comorbidades (PIVIC80+), realizou Iniciação científica em Plataformas digitais: intervenções psicoeducativas sobre a COVID-19 aliadas a exercícios cognitivos para a promoção do envelhecimento ativo dos profissionais da Escola de Artes, Ciências e Humanidades- EACH-USP e também realizou Iniciação científica no Projeto de Cultura e extensão no eixo de Literatura e Envelhecimento.
Clara Raiana S. do Nascimento , Estudante de Graduação do curso de bacharelado em Gerontologia pela Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo ( EACH – USP), integrante do grupo de pesquisa de Indicadores de vacinação de idosos 80+ com comorbidades (PIVIC80+) da USP e integrante do grupo de pesquisa e iniciação científica de Cuidados Paliativos da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP).
Profa. Dra. Thais Bento Lima-Silva, Docente do curso de Graduação em Gerontologia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP), Coordenadora do curso de pós-graduação em Gerontologia da Faculdade Paulista de Serviço Social (FAPSS), pesquisadora do Grupo de Neurologia Cognitiva e do Comportamento da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e diretora científica da Associação Brasileira de Gerontologia (ABG). Membro da diretoria da Associação Brasileira de Alzheimer- Regional São Paulo. E assessora científica e consultora do Método SUPERA.
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