Estudos das neurociências destacam que a preservação do desempenho das habilidades mentais é importante para que um indivíduo – seja adulto ou idoso – possa continuar a viver de maneira independente e com autonomia, no decorrer dos anos e durante o seu processo de envelhecimento.
Estudos brasileiros, como o de César (2017), sugerem que, aproximadamente 7 a 17% dos idosos preenchem critérios para demência ou apresentam o diagnóstico de comprometimento cognitivo leve. Pesquisadores destacam que o declínio cognitivo em idosos é um problema de saúde pública, considerando-se a dependência gerada nos cuidados, a sobrecarga dos familiares e cuidadores e o ônus financeiro familiar que acarreta; principalmente após a necessidade de implantação de cuidados decorrentes de problemas neurodegenerativos.
Estes dados reforçam a relevância de adotarmos hábitos de vida saudáveis e ter uma rotina de exercícios de estimulação cognitiva. Essas são medidas de promoção de saúde no processo de envelhecimento.
De acordo com um estudo coordenado pelo pesquisador Luiz Roberto Ramos, professor da Universidade Federal de São Paulo, os únicos fatores modificáveis que podem diminuir o risco de mortalidade em idosos são o desempenho cognitivo e o grau de dependência.
Deste modo, sabe-se que as atividades de estimulação cognitiva podem contribuir para a promoção da saúde e da autonomia dos idosos, reduzindo os riscos para hospitalização, quedas. Uma vez que a saúde mental está preservada, é possível melhorar a qualidade de vida de uma pessoa e mantê-la ativa, com poder de decisão sobre a sua própria vida.
Algumas dúvidas podem surgir na sua cabeça nesse momento. Já sou idoso, ainda posso me beneficiar de um programa de estimulação cognitiva? Sim, você pode ter benefícios no desempenho das suas habilidades cognitivas e assim prevenir o prejuízo de suas habilidades mentais.
Essas atividades geram mecanismos de compensação quando possui alguma dificuldade de memória e estratégias para esquecer-se menos das informações durante a execução das tarefas rotineiras do cotidiano. Por isso, nunca é tarde para começar!
Agora que você já sabe que a estimulação das habilidades mentais pode promover a saúde e ser um fator protetor no processo de envelhecimento, cuide-se e comece a exercitar as suas habilidades mentais.
A estimulação cognitiva é uma intervenção, que objetiva fornecer estímulos em sessões ou aulas, a partir de jogos de estratégias, exercícios para treinamento da atenção, da memória, da linguagem, atividades escritas, atividades com músicas – todas geram novas conexões neurais, deixam os neurônios mais integrados e rápido, resultam em um melhor desempenho em testes neuropsicológicos e psicotécnicos e, consequentemente, em uma sensação de bem estar na realização das tarefas cotidianas.
Se você ainda não realiza atividades de estimulação cognitiva, aproveite este novo ano e cuide-se, insira este novo hábito em seu estilo de vida para envelhecer com saúde. Afinal, um cérebro cuidado é um cérebro protegido de doenças neurodegenerativas.
César KG. Estudo da prevalência de comprometimento cognitivo leve e demência na cidade de Tremembé, estado de São Paulo. Tese de Doutorado, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, 2014.
Quer conhecer mais sobre a Ginástica para o Cérebro? Então agende uma AULA GRÁTIS na unidade SUPERA mais próxima.