No dia 11 de Julho de 2022, a Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou um conjunto de dados econômicos e sociais em um relatório denominado Revisão de 2022 das Perspectivas da População Mundial, sendo a vigésima sétima edição das estimativas e projeções populacionais oficiais preparadas pela Divisão de População do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais do Secretariado das Nações Unidas (ONU, 2022).
A ONU objetivou apresentar projeções populacionais do ano de 1950 até 2022, analisando indicadores de 237 países ou áreas.
Esta última avaliação considerou informações de sistemas e registros vitais e de 2.890 inquéritos amostrais a níveis globais, regionais e nacionais .
Segundo as novas projeções divulgadas no relatório da ONU, é esperado que a população mundial seja equivalente a 8 bilhões em 15 de novembro de 2022 e possa crescer para cerca de 8,5 bilhões em 2030, 9,7 bilhões em 2050 e 10,4 bilhões em 2100 (ONU, 2022).
Apesar da redução nas taxas de fecundidade global, ou seja, do número de filhos por mulher, ter reduzido de 5 para 2,3 filhos entre 1950 e 2021, e da projeção de redução para 2,1 filhos até 2050, o número de habitantes aumentará devido aos menores índices das taxas de mortalidade e haverá uma maior expectativa de vida. global, fazendo com que tenhamos mais idosos em todo o mundo.
O envelhecimento da população mundial é um processo natural e contínuo que se inicia na concepção do ser humano e se estende até o final da vida.
É importante lembrar ainda que o envelhecimento da população mundial é um reflexo do aumento do número de anos de vida e redução das taxas de natalidade e mortalidade.
A expectativa de vida ao nascimento para o mundo aumentou de 64,2 anos em 1990 para 72,8 anos em 2019.
Prevê-se que novas reduções na mortalidade resultem em uma longevidade média global de cerca de 77,2 anos em 2050 (ONU, 2022).
A expectativa de vida muda de acordo com a idade e o sexo do indivíduo, por exemplo, os homens apresentam uma taxa de mortalidade maior que as mulheres, desta forma, a expectativa de vida das mulheres é maior que a dos homens, sendo para elas igual a 73,8 anos e para eles de 68,4 anos (ONU, 2022).
Envelhecimento da população mundial
Considerando a população idosa, a parcela da população global com 65 anos ou mais deverá aumentar de 10% em 2022 para 16% em 2050.
Também em 2050, o número de pessoas com 65 anos ou mais em todo o mundo deverá ser mais que o dobro do número de crianças com menos de 5 anos e aproximadamente o mesmo que o número de crianças com menos de 12 anos (ONU, 2022).
Com isso, pensar o envelhecimento como perspectiva individual e a longevidade como uma conquista coletiva e um direito social adquirido, observa-se a importância da cultura do cuidado ao longo de toda a vida, respondendo e se atentando para às demandas de grupos populacionais crescentes e heterogêneos, dadas as oportunidades desiguais de saúde, de trabalho e de cuidado no curso de vida.
Nesse sentido, considerando que há perspectiva de mais anos de vida está estimada a nível mundial, o que você tem feito ou pretende fazer para que você ou pessoas de gerações mais jovens tenham uma melhor qualidade de vida ao longo desses anos?
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Texto redigido por:
Graciela Akina Ishibashi
Estudante de Graduação do curso de bacharelado em Gerontologia pela Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo. Realizou estágio no Centro Dia Bom Me Care entre os anos de 2019 a 2020. Atualmente faz estágio na área de pesquisa em treino cognitivo de longa duração pelo Instituto SUPERA – Ginástica para o Cérebro. Tem interesse na área de estimulação cognitiva com jogos. Já foi voluntária na Universidade Aberta à Terceira Idade da EACH-USP, atual USP60 + nas oficinas de origami, dança sênior e letramento digital.
Cássia Elisa Rossetto Verga
Estudante de Graduação do curso de bacharelado em Gerontologia pela Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo. Atualmente faz estágio na área de pesquisa em treino cognitivo de longa duração pelo Instituto SUPERA – Ginástica para o Cérebro. Tem interesse na área de treino e estimulação cognitiva para idosos, com enfoque em neurologia cognitiva. É membro da Associação Brasileira de Gerontologia (ABG). Já foi bolsista PUB da Universidade Aberta à Terceira Idade da EACH-USP, atual USP60 + nas oficinas de música e letramento digital. Participou como assessora de Projetos e Recursos Humanos na Empresa Geronto Júnior entre os anos de 2019 a 2020.
Gabriela dos Santos
Mestranda pelo Programa de Pós-Graduação em Gerontologia pela Universidade de São Paulo (USP), Graduada em Gerontologia pela USP, com Extensão pela Universidad Estatal Del Valle de Toluca. Assessora científica.
Profa. Dra. Thais Bento Lima-Silva
Gerontóloga formada pela Universidade de São Paulo (USP). Docente do curso de Graduação em Gerontologia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP), Coordenadora do curso de pós-graduação em Gerontologia da Faculdade Paulista de Serviço Social (FAPSS), pesquisadora do Grupo de Neurologia Cognitiva e do Comportamento da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e diretora científica da Associação Brasileira de Gerontologia (ABG). Membro da diretoria da Associação Brasileira de Alzheimer- Regional São Paulo. É assessora científica e consultora do Método Supera.