A pandemia de COVID-19 evidenciou a importância do cuidado com a saúde tanto física quanto mental. Ter uma mente ativa ao longo da vida oferece diversos benefícios: contribui para um envelhecimento mais saudável e retarda os impactos das doenças neurodegenerativas.
Neste conteúdo você verá:
- O que exatamente são as doenças neurodegenerativas?
- O Alzheimer tem cura?
- Minimizando impactos: 5 hábitos para cuidar da saúde do cérebro;
- A COVID-19 e o cérebro.
O que exatamente são as doenças neurodegenerativas?
Doenças neurodegenerativas caracterizam-se por afetar o sistema nervoso causando perda lenta, progressiva e irreversível de neurônios. Os tipos mais conhecidos são o Parkinson, a Esclerose Múltipla e, o assunto deste artigo, o Alzheimer.
A doença de Alzheimer, faz parte de um grupo de Transtornos Neurocognitivos, é assim chamada devido à Alois Alzheimer, um médico alemão pioneiro na descrição da doença.
Caracterizada pela perda progressiva de funções neurológicas, tais como linguagem, memória, habilidade oral e motora, essa doença é responsável pela maioria dos casos de demência, registrando de 60% a 80% dos casos e possui sintomas muito característicos, como por exemplo:
- Dificuldade de memória frequente;
- Perda de noção de tempo e espaço;
- Discurso vago nos diálogos;
- Maior tempo destinados às atividades antes realizadas rapidamente;
- Dificuldade de compreender processos e instruções.
Apresenta ainda 3 estágios: o inicial, intermediário e terminal. A seguir veja um conjunto de sintomas que aparecem em cada fase, no entanto, deve-se atentar para o fato de que esses sintomas podem variar de pessoa para pessoa, evoluindo de forma rápida ou mais lenta, ou até mesmo misturando sintomas de estágios diferentes.
Estágio inicial
Apresentam dificuldade para lembrar de fatos recentes e confundem a ordem das informações na memória. É comum que outros sintomas dessa fase, como insônia, irritabilidade, perda de interesse por hobbies e isolamento da sociedade, sejam confundidos com a chegada da idade. Mas devemos nos atentar aos sinais e procurar acompanhamento médico assim que esses comportamentos forem percebidos.
Estágio intermediário
Já no estágio intermediário as dificuldades encontradas no primeiro momento se acentuam de tal forma que as mudanças de humor se tornam intensas, a comunicação é complicada porque as palavras são trocadas ou deformadas e a pessoa acometida torna-se incapaz de realizar tarefas domésticas e sair de casa sozinha, já que pode esquecer o caminho. O sentimento de confusão constante pode trazer consigo um quadro depressivo.
Estágio terminal
O último estágio da doença pode durar de um a três anos. Neste período, a capacidade de falar, comer, andar e até mesmo utilizar o banheiro já estão totalmente comprometidas e a pessoa necessita de um cuidador 24 horas por dia. Pacientes nesse estágio dificilmente reconhecem familiares e amigos e já estão desconectados do mundo.
Mas afinal, tem cura?
Embora existam diversas pesquisas que buscam retardar os sintomas da doença de Alzheimer, estudiosos ainda não descobriram a cura para essa doença que, por apresentar degeneração progressiva, compromete a autonomia e ocasiona a perda de funções neurológicas. A pouca conscientização sobre o assunto leva as pessoas a ignorarem os primeiros sinais, o que leva ao diagnóstico tardio, quando já houve grande perda neuronal e os tratamentos tornam-se menos efetivos.
Além disso, os riscos de se manifestar acentuam-se entre os 65 e 75. Com o aumento cada vez maior da população idosa, tem sido de extrema importância que a divulgação de informações corretas e conscientização sobre a saúde do cérebro estejam sempre em pauta!
4 hábitos para cuidar da saúde do seu cérebro
Sabemos que as pesquisas ainda nos dizem pouco sobre essa doença e que a idade e genética, embora sejam fatores de risco, fogem do nosso controle. Felizmente, há um conjunto diverso de atividades que contribuem para retardar seu aparecimento e minimizar os sintomas quando estes se manifestam.
Veja agora 4 atividades que contribuem para a saúde do seu cérebro a longo prazo:
- Ler, estudar e aprender coisas novas: toda vez que aprendemos algo novo ou desafiamos o nosso cérebro ampliamos nossa capacidade de criar conexões, ou seja, de ligar um neurônio a outro e de reforçar as conexões já existentes. E por que não fazer isso lendo um livro, aprendendo a tocar algum instrumento ou fazendo aulas de arte?!
- Seja feliz, aproveite o tempo: aproveitar todas as fases da vida é uma das melhores formas de manter a vida ativa. Viagens e encontros com amigos e familiares contribuem para a saúde mental dos idosos e liberam hormônios do prazer, que se manifestam em condições de alegria e felicidade. E um cérebro contente já ajuda a enfrentar diversas dificuldades!
- Ter uma alimentação saudável que contemple todos os grupos de alimentos, sobretudo aqueles que atuam no combate ao Alzheimer como por exemplo o salmão e frutos do mar — que contribuem para o desenvolvimento e manutenção da saúde cerebral — , folhas verdes — que conforme pesquisas já têm demonstrado eficácia na desaceleração do declínio cerebral — , e vegetais coloridos — que atuam como antioxidantes protegendo as células da degradação causada pela idade.
- Praticar exercícios físicos regularmente: além de reduzir o estresse, ansiedade e depressão, manter o corpo e a mente ativos é um dos fatores decisivos para minimizar os impactos do envelhecimento cerebral. Quando nos movimentamos por meio da prática de exercícios físicos contribuímos não só para a saúde do nosso corpo, mas também do nosso cérebro.
- Investir em jogos de lógica e raciocínio: se você quer proporcionar desafio ao seu cérebro e ao mesmo tempo minimizar os impactos do conjunto de doenças do cérebro, o SUPERA é o lugar certo. Por meio de atividades que envolvem raciocínio lógico, novidade, variedade e grau de desafio crescente você pode fortalecer as conexões do seu cérebro e envelhecer da melhor maneira possível.
Os impactos da COVID-19 no cérebro
Cientistas ao redor do mundo têm estudado também os impactos a longo prazo causados pela COVID-19, demonstrando que o vírus registra problemas de memória e marcadores biológicos muito semelhantes aos de pacientes diagnosticados com Alzheimer.
Um ensaio clínico feito na Noruega mostrou que 11,5% dos pacientes com COVID-19 apresentam problemas de memória oito meses após a doença.
Viu só, quanta informação importante? Espero que este conteúdo tenha esclarecido um pouco mais sobre o assunto e te ajudado e compreender melhor o tema.