SUPERA – Ginástica para o Cérebro

Discalculia: o que é, causas, sintomas e possíveis tratamentos!

Você já ouviu falar em discalculia? Esse termo apesar de não ser comum, está ligado a uma dificuldade com algo essencial no dia a dia: a matemática.

A discalculia trata-se de um transtorno que afeta desde a infância a habilidade de utilizar os números e as operações matemáticas. Por isso, compreendê-lo pode facilitar a vida de crianças, pais e professores.

Neste artigo, você vai entender o que é discalculia, como esse transtorno afeta a memória e o aprendizado e também quais tratamentos podem ser empregados.

O que é discalculia?

De maneira geral, podemos entender a discalculia como um transtorno da aprendizagem que afeta a habilidade de manejar conceitos e símbolos matemáticos. Da mesma forma que outros transtornos do aprendizado, como o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e transtornos da linguagem, ele pode ser percebido já na primeira infância, antes dos seis anos de idade.

Contudo, como envolvem prejuízos na capacidade da criança de compreender e assimilar conteúdos mais complexos, muitas vezes só são percebidos em idade escolar ou na adolescência. Nestas fases, é comum notar dificuldades com frações, porcentagens e interpretação dos enunciados matemáticos em provas e avaliações.

Assim como a maioria dos transtornos psicológicos, não existe uma causa específica para a ocorrência da discalculia, que pode envolver fatores psíquicos e biológicos combinados.

Quais são os tipos de discalculia?

Quando falamos em discalculia, em geral fazemos menção a dificuldades ou lentidão para a compreensão geral e o aprendizado da matemática. Afinal, é uma disciplina que não apenas trabalha com símbolos como os números, mas também conceitos, operações e enunciados que envolvem problemas matemáticos cotidianos.

Para separar as formas de manifestação desse transtorno, existem algumas nomenclaturas que focam em dificuldades específicas. Embora as categorias variem, podem ser definidas em seis tipos: verbal, léxica, operacional, gráfica, practognóstica e ideognóstica.

A discalculia verbal envolve a dificuldade para manejar os símbolos e operações quando eles aparecem verbalmente, ou seja, de forma falada. Pessoas que apresentam discalculia verbal têm dificuldades na hora de passar para o papel contas e operações que estão sendo ditadas por outras pessoas, ou mesmo em verbalizar operações que elas fizeram, em casos mais graves do transtorno.

Já a discalculia léxica está relacionada à dificuldade na leitura dos símbolos e operações matemáticas. Mesmo que a pessoa consiga trabalhar com os números ao falar e ouvir sobre eles, existe uma grande dificuldade de operar em equações e expressões escritas. Embora esta condição não fique tão evidente no dia a dia, pode dificultar a resolução de provas e avaliações escritas.

Tanto a discalculia verbal quanto a léxica dificultam o reconhecimento dos símbolos, impossibilitando os cálculos. Já na discalculia operacional, embora a pessoa consiga reconhecer facilmente os números e compreender conceitos como subtração e adição, existe uma grande dificuldade de efetuar operações de forma sistemática.

Na discalculia gráfica, a pessoa não apresenta problemas para compreender conceitos e efetuar operações de forma sistemática, mas tem dificuldades em representar estes símbolos de forma gráfica, ou seja, escrita.

A discalculia practognóstica gera um grande esforço para que a pessoa consiga aplicar a matemática de forma prática. Embora ela compreenda símbolos e conceitos, não é fácil colocá-los em prática em problemas reais, como na enumeração de objetos e contas simples do cotidiano.

Por último, a discalculia ideognóstica faz com que se torne extremamente complexa a tarefa de fazer contas de cabeça, obrigando a pessoa a utilizar ferramentas como papel e caneta mesmo para realizar operações simples.

Quais são os sintomas mais comuns?

Como se trata de um problema relacionado à matemática e identificado nos primeiros anos escolares, muitos pais e professores podem acabar entendendo que as dificuldades do aluno são fruto de desinteresse ou uma dificuldade dos próprios adultos em estimular o aprendizado.

Por essa razão, é importante compreender que a discalculia é um transtorno real e que, segundo a Associação de Psiquiatria Norte-americana, afeta entre 5% e 15% das crianças em idade escolar.

Embora o diagnóstico deva ser sempre feito por um profissional, como um psicólogo ou psiquiatra, conhecer os principais sintomas e comportamentos associados a esse transtorno pode ser essencial para pais e professores. Os principais sintomas de discalculia são:

Qual é a diferença entre discalculia e dislexia?

Agora que você compreendeu o que é discalculia e quais são os principais sintomas, é importante entender qual a principal diferença entre outro transtorno conhecido e recorrente nas crianças e adolescente em idade escolar.

Trata-se da dislexia, que também é um transtorno da aprendizagem e que afeta a compreensão. Contudo, assim como a discalculia afeta a interpretação de números e conceitos matemáticos, a dislexia afeta a habilidade com as letras. Assim, indivíduos com dislexia têm dificuldades em leituras por embaralharem letras ou outros fenômenos que impedem a leitura fluida.

Algumas pessoas podem apresentar discalculia e dislexia ao mesmo tempo. Isso afeta ainda mais a evolução na vida escolar e profissional, aumentando também a necessidade de acompanhamento profissional.

Como é o diagnóstico e o tratamento?

Assim como outros transtornos e condições que afetam a vida psicológica das pessoas, a discalculia não possui uma cura. Isso não significa que nada possa ser feito para ajudar a melhorar o desempenho escolar e profissional das pessoas com esta condição.

Antes de tudo, é importante frisar que o diagnóstico de discalculia deve ser feito por um profissional, como um psicólogo, psiquiatra ou neuropsicólogo. Apenas estes profissionais podem aplicar testes clínicos e técnicas para ter certeza do diagnóstico.

O tratamento pode ser feito pelos mesmos profissionais, que devem estimular os pacientes com atividades que treinem o cérebro para trabalhar com números e símbolos de maneira cada vez mais eficiente, proporcionando um aprendizado de sucesso.

Cálculos de dificuldade moderada, resoluções de problemas e equações podem auxiliar os pacientes a desenvolver técnicas pessoais para exercitar o cérebro. Se você possui discalculia ou se interessa pelo assunto e está procurando métodos eficientes para exercitar suas capacidades, conheça o Método SUPERA.

Com ferramentas como o ábaco, livros e jogos, os alunos do SUPERA fazem uma verdadeira ginástica para o cérebro, melhorando a cognição de quem pratica.

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