SUPERA – Ginástica para o Cérebro

Dia mundial de prevenção a queda de idosos

Sabemos que em qualquer fase da vida podemos cair, por diversos motivos, entretanto as quedas são tidas como um problema de saúde pública que afeta em maior estância as pessoas maiores de 60 anos de idade, pois mesmo que não leve à morte pode gerar graves lesões que contribuem para o declínio funcional e a dependência para realização das atividades de vida diária (AVDs).

A queda pode estar associada a fatores de risco que podem ser divididos em intrínsecos e extrínsecos. Os intrínsecos se relacionam a alterações fisiológicas próprias do envelhecimento, comorbidades e uso de medicamentos. Já os extrínsecos estão ligados às circunstâncias sociais e ambientais em que se encontram os indivíduos ( ESTRÊLA et al., 2021).

A seguir listamos os principais fatores intrinsecamente relacionados com as quedas:

Disfunção do equilíbrio: este processo ocorre de forma eficaz principalmente pela ação dos sistemas visual, vestibular e somato-sensorial. Esses sistemas são alterados com o envelhecimento, e várias etapas do controle postural podem ser afetadas, diminuindo a capacidade compensatória do sistema, levando a instabilidade.

Quedas anteriores: a pessoa idosa que já sofreu uma queda pode apresentar alterações na percepção de suas habilidades, diminuição da autoestima e da autoconfiança em evitar um novo episódio.

Fraqueza muscular: é a principal causa de quedas, caracterizada pela perda da resistência dos músculos e redução da força muscular.

Limitações visuais: a diminuição da acuidade visual, sensibilidade reduzida ao contraste,  e a dificuldade de adaptação a iluminação pode afetar a mobilidade do idoso.

Polifarmácia: interações medicamentosas que geram efeitos colaterais podem levar a pessoa idosa a sofrer queda.

A adoção de medidas de prevenção são de suma importância para a prevenção de quedas, como atividades físicas de musculação, atividades com o uso da realidade virtual, caminhadas, Tai Chi Chuan que envolve posturas e movimentos que auxiliam na manutenção do equilíbrio, entre outros. Além disso, a estimulação cognitiva entra aqui como uma importante aliada, pois fortalece as habilidades cognitivas de atenção visual espacial, memória, coordenação motora, consciência corporal e raciocínio.

Dicas para prevenção de quedas da pessoa idosa na sua casa e rotina:

De acordo com as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), também é importante prestar atenção em outros fatores que podem evitar a ocorrência de quedas como: Tratar problemas de calçados e dos pés, revisar os medicamentos que a pessoa idosa toma que causem hipotensão ou sedação, realizar suplementação de cálcio e vitamina D.

Profa. Dra. Thais Bento Lima-Silva

Gerontóloga formada pela Universidade de São Paulo (USP). Docente do curso de Graduação em Gerontologia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP), Coordenadora do curso de pós-graduação em Gerontologia da Faculdade Paulista de Serviço Social (FAPSS), pesquisadora do Grupo de Neurologia Cognitiva e do Comportamento da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e diretora científica da Associação Brasileira de Gerontologia (ABG). Membro da diretoria da Associação Brasileira de Alzheimer- Regional São Paulo. É assessora científica e consultora do Método Supera.

Sabrina Aparecida da Silva

Graduanda do curso de Gerontologia pela Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo. Estagiária na área de pesquisa em treino cognitivo pelo instituto SUPERA- Ginástica para o Cérebro. Atuou como bolsista do projeto de pesquisa intitulado “Indicadores de Adesão à Vacinação Contra COVID-19 entre Idosos Longevos Atendidos em um Centro de Saúde Escola da USP” e da oficina “Mentes Ativas” da USP60+.

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