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Dia Mundial de conscientização da Doença de Parkinson

No dia 11 de Abril ocorre o Dia Mundial da Conscientização da Doença de Parkinson, que é uma ocasião de grande importância, pois não só destaca a necessidade de compreender melhor essa condição neurodegenerativa, mas também ressalta a importância de oferecer um suporte e solidariedade às pessoas afetadas por ela.

O que é Doença de Parkinson?

paciente com a doença de parkinson

A Doença de Parkinson, como descrito por Bezerra et al. (2024), é uma condição complexa que predominantemente impacta o sistema nervoso especificamente o sistema motor, manifestando-se através de sintomas como tremores, rigidez muscular, bradicinesia e instabilidade postural. Contudo, seus efeitos se estendem além do aspecto físico, afetando também aspectos emocionais, sociais e cognitivos dos indivíduos.

Vasconcelos et al. (2024) complementam essa compreensão, ressaltando a natureza neurodegenerativa da DP, resultante da degeneração progressiva dos neurônios dopaminérgicos na substância negra do cérebro. Esta degeneração não apenas prejudica o controle motor, mas também pode causar mudanças em outros aspectos do sistema nervoso como a memória, o humor e outras habilidades cognitivas, aumentando consideravelmente o ônus da doença sobre a vida dos pacientes.

A etiologia multifatorial da DP, mencionada por Bezerra et al. (2024), enfatiza a complexidade subjacente à sua origem, que é resultado de uma interação entre fatores genéticos e ambientais. Compreender esses fatores de risco é fundamental para o diagnóstico precoce e também para a implementação de estratégias preventivas eficazes e o desenvolvimento de tratamentos mais direcionados e personalizados.

De acordo com Bonfadini (2023) é relevante ao considerar que a Doença de Parkinson pode se manifestar através de uma variedade de sintomas neuropsiquiátricos e cognitivos, incluindo depressão, apatia, transtornos de controle de impulsos, ansiedade, psicose, alucinações, transtornos do humor, abulia, disfunção executiva, déficit de memória e demência.

Como oferecer suporte às pessoas afetadas

O impacto emocional e prático de lidar com a progressão da doença pode trazer desafios, portanto criar estratégias que ofereçam um suporte completo a todas as partes envolvidas pode auxiliar no manejo do quadro e oferecer uma melhor qualidade de vida para as pessoas acometidas pela doença. Portanto, é fundamental reconhecer o impacto abrangente que a DP tem sobre não apenas os pacientes, mas também suas famílias e cuidadores.

O dia de Conscientização da Doença de Parkinson deve ser mais do que uma mera reflexão, deve ser um catalisador para uma ação abrangente que envolva todas as esferas da sociedade. Portanto é crucial investir em pesquisas contínuas para avançar na compreensão da patogênese da DP, identificar biomarcadores mais precisos e desenvolver terapias inovadoras. Além disso, é importante promover uma conscientização pública mais ampla sobre a DP, reduzir o estigma associado a ela e garantir que os pacientes tenham acesso a cuidados de qualidade e apoio emocional ao longo de sua jornada.

Ao unir esforços na pesquisa, na educação pública e no apoio aos pacientes e suas famílias, podemos trabalhar em direção a um futuro onde a DP seja melhor compreendida, tratada de forma mais eficaz e, eventualmente, prevenida ou curada.

Para mais informações sobre como lidar com a Doença de Parkinson, recomenda-se consultar o manual disponível Manual do Cuidador e Manual de orientação para cuidadores e pacientes com doença de parkinson . Este recurso oferece orientações detalhadas sobre os sintomas, tratamentos e estratégias de cuidados para pacientes e cuidadores. Para uma compreensão mais visual sobre a Doença de Parkinson e suas implicações, recomendamos assistir a este vídeo informativo Doença de Parkinson | Prevenção e Saúde TCMSP.

Assinam este artigo:

Laydiane Alves Costa – Gerontóloga pela Universidade de São Paulo (USP), Pós-graduanda em Neurociências pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e membro do Grupo de Estudos em Treino Cognitivo (GETEC). Assessora científica do projeto de pesquisa de validação do Método SUPERA.

Profa. Dra. Thais Bento Lima da Silva. Gerontóloga formada pela Universidade de São Paulo (USP). Mestra e Doutora em Ciências com ênfase em Neurologia Cognitiva e do Comportamento, pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Docente do curso de Bacharelado e de Pós-Graduação em Gerontologia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH- USP), pesquisadora do Grupo de Neurologia Cognitiva e do Comportamento da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e diretora científica da Associação Brasileira de Gerontologia (ABG). Membro da diretoria da Associação Brasileira de Alzheimer- Regional São Paulo. É parceira científica do Método Supera. Coordenadora do Grupo de Estudos em Treino Cognitivo da Universidade
de São Paulo.

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