SUPERA – Ginástica para o Cérebro

Comboio social e a interação social do idoso

A interação social do idoso passa pela teoria de comboio social. Você sabe, o que é um comboio social? Caracteriza-se como uma teoria de curso de vida, que enfoca o desenvolvimento e o acúmulo de interações, considerando- se que os indivíduos constroem e mantêm suas relações sociais, ao longo da vida, com pessoas que lhes são significativas.

Essa teoria foi postulada pelos estudiosos Kahn e Antonucci em 1980 e trata-se de uma teoria conhecida nos estudos do envelhecimento humano, por falar sobre as relações sociais ao longo do processo de envelhecimento, ou seja, os vínculos que temos com cada indivíduo e que compõe a nossa trajetória de vida.

            Nesse sentido, ao analisarmos o contexto social e o processo de envelhecimento, podemos perceber que os vínculos tendem a diminuir ao longo do tempo.

Quando estamos na fase da adolescência por exemplo, de modo geral o nosso círculo de convivência tende a ser maior, entretanto conforme envelhecemos nos tornamos mais seletivos e essas relações diminuem, em outras palavras, priorizamos a qualidade das relações.

Esse  conceito foi implementado por Laura Carstensen em 1991 e diz que conforme envelhecemos aumentamos a nossa seletividade social e o nosso comboio social diminui.

            Os grupos para pessoas com 60 anos ou mais, concentram atividades e interações sociais com o mesmo objetivo, sendo que essas pessoas interagem e procuram indivíduos que possam acrescentar na qualidade do seu suporte social.

Essas pessoas geralmente buscam por companhias em atividades como teatros, exposições ou até mesmo em amizades  para se ter conversas construtivas, sendo parte do seu comboio social.

Em um estudo de revisão integrativa de Oliveira e colaboradores realizado em 2019, mostrou que o comboio social é importante na medida que a interação social do idoso é menor, ou seja, para aquelas que se sentem sozinhos há uma tendência de apresentar sintomas depressivos.

Deste modo, muitos idosos manifestam  medo para com a fase da aposentadoria pois temem a perda dessas relações sociais no trabalho.

Sendo importantes indicadores para acompanhamento e orientação profissional, para que possam ser incentivados a terem seus vínculos fortalecidos.

A capacidade funcional ou seja a autonomia e independência podem ser preservadas por meio das relações sociais, pois os indivíduos podem permanecer ativos fisicamente e psicologicamente realizando atividades com os amigos.

Interação social do idoso: confira exemplos dessas atividades:

              Em um estudo, realizado por Azevêdo e colaboradores (2022) a qualidade da interação social do idoso foi considerada importante para alguns aspectos da qualidade de vida avaliados, como: o sentimento de bem-estar, felicidade, saúde física e cognitiva.

Desse modo, é possível considerar que as relações sociais são fundamentais para os indivíduos e a medida em que a pessoa idosa realiza atividades de lazer, estimulação cognitiva, práticas educativas entre outras atividades o processo de envelhecimento desse indivíduo corrobora para uma velhice saudável e ativa.

Além disso, os comboios sociais podem evitar e prevenir situações de violências sejam elas físicas, financeiras, psicológicas entre outras. Por isso, incentivamos que mantenham-se ativos, interagindo socialmente, e integrados em suas comunidades para manter os vínculos fortalecidos e o seu comboio social intensificado.

Assinam este artigo

Ana Paula Bagli Moreira: Gerontóloga pela Universidade de São Paulo (USP), com extensão pela Universidad Estatal Del Valle de Toluca – México. Assessora científica do projeto de pesquisa de validação do Método SUPERA e pós-graduada em Neurociência na Educação (UNISA).

Laydiane Alves Costa: Gerontóloga pela Universidade de São Paulo (USP), Membro do Grupo de Estudos em Treino Cognitivo (GETEC), Responsável técnica pelos encontros do projeto de pesquisa de validação do Método SUPERA com prestação de assessoria científica.

Profa. Dra. Thais Bento Lima-Silva

Docente do curso de Graduação em Gerontologia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP), Coordenadora do curso de pós-graduação em Gerontologia da Faculdade Paulista de Serviço Social (FAPSS), pesquisadora do Grupo de Neurologia Cognitiva e do Comportamento da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e diretora científica da Associação Brasileira de Gerontologia (ABG). Membro da diretoria da Associação Brasileira de Alzheimer- Regional São Paulo. É assessora científica e consultora do Método SUPERA.

Matricule – se agora no SUPERA e descubra uma forma incrível de viver!

Sair da versão mobile