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Combate ao idadismo: O novo guia da OMS

Você já ouviu falar sobre o idadismo, também chamado de etarismo? Esse termo foi usado pela primeira vez em 1969, pelo psicólogo norte-americano Robert N. Butler (DE SOUSA, 2014). Este preconceito, se manifesta na discriminação por idade e é um problema real que, apesar de difundido, não recebe a atenção necessária, principalmente na mídia.

Além de ser multiteórico e multifacetado, pode passar facilmente despercebido no cotidiano, sendo causador de grandes impactos, como a desvalorização da população idosa.

O idadismo não se limita a estereótipos negativos; ele influencia atitudes que, muitas vezes de maneira inconsciente, misturam “gentileza” excessiva e negligência em relação aos mais velhos. Isso pode se manifestar de forma problemática como na infantilização da pessoa idosa, que apesar de muita das vezes bem-intencionada, mina a dignidade do indivíduo, retirando sua autonomia.

Esse preconceito pode aparecer de várias formas. Uma delas pode ser quando é questionado a capacidade de uma pessoa idosa em aprender algo novo ou quando há discriminação no mercado de trabalho, apenas pelo motivo da idade. Esse acontecimentos, trazem más consequências a autoestima desse público e podem criar um ciclo de discriminação. Além disso, pode dificultar o acesso dessas pessoas a diversos meios que poderiam fornecer benefícios para um envelhecimento saudável.

Combate ao idadismo

Recentemente, tivemos uma ótima notícia: a Organização Mundial da Saúde (OMS) está liderando a luta contra o idadismo. Em 2021, eles lançaram o “Guia Global de Combate ao Idadismo”, um passo crucial na conscientização global sobre esse problema.

E agora, em 2023, a OMS continua essa missão importante com o lançamento do “Guia de Práticas Intergeracionais e Combate ao Idadismo”. Este guia traz a importância da promoção de práticas intergeracionais, ou seja, atenção às conexões entre gerações, de maneira significativa. Em vez de apenas combater o idadismo, esse guia adota uma abordagem pró-ativa, incentivando a interação entre jovens e idosos para criar uma sociedade mais harmoniosa e inclusiva (OMS, 2023).

Vantagens do novo guia:

Além disso, a OMS está disponibilizando o guia em formato PDF diretamente em seu site, no link aqui.

Ao adotar práticas intergeracionais e combater esse preconceito, construiremos um futuro melhor para todos. Este guia recém lançado, é um ótimo recurso para participar, promover a inclusão e o respeito entre as gerações, sendo necessário no desenvolvimento de indivíduos mais conscientes e empáticos.

Profa. Dra. Thais Bento Lima-Silva

Gerontóloga formada pela Universidade de São Paulo (USP). Docente do curso de Bacharelado e do Programa de Mestrado em Gerontologia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP), Coordenadora do curso de pós-graduação em Gerontologia da Faculdade Paulista de Serviço Social (FAPSS), pesquisadora do Grupo de Neurologia Cognitiva e do Comportamento da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e diretora científica da Associação Brasileira de Gerontologia (ABG). Membro da diretoria da Associação Brasileira de Alzheimer- Regional São Paulo. É assessora científica e consultora do Método Supera.

Maria Antônia Antunes de Souza

Graduanda em Gerontologia pela Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP). Foi bolsista de iniciação científica PUB do projeto intervenções psicoeducativas para a COVID-19 aliada à estimulação cognitiva no programa USP 60 + e atualmente é membro do Grupo de Estudos em Treino Cognitivo da USP (GETCUSP).

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