“Amor de mãe cura tudo”. Essa frase é ouvida com muita frequência e pesquisas apontam que ela é mais verdadeira do que podíamos imaginar. Uma pesquisa americana feita na Universidade de Washington mostra que a demonstração de amor das mães para com os filhos pode trazer benefícios, principalmente ao nosso cérebro.
A psiquiatra infantil Joan Luby, responsável pelo estudo, concluiu que uma importante área do cérebro tem um crescimento mais rápido e eficaz em crianças cujas mães têm um excesso de zelo e que demonstram mais afeto e apoio emocional. O impacto causado pelo comportamento materno é observado principalmente no hipocampo, área do cérebro responsável por habilidades como a memória, o aprendizado e o controle das emoções.
Imagens do cérebro também mostraram que essas demonstrações de afeto são especialmente importantes e fundamentais para crianças com menos de seis anos. Isso porque o cérebro responde mais ativamente ao apoio maternos, devido à maior plasticidade do cérebro – ou seja, capacidade de se modificar de acordo com estímulos – durante esta fase da vida.
2018E as mães?
E não é só nos filhos que a maternidade produz um impacto no cérebro. As mulheres também passam por mudanças cognitivas importantes depois que se tornam mães. Além da mudança em toda a sua rotina, onde as responsabilidades aumentam e o tempo se torna cada vez mais curto, o corpo também passa por diversas transformações, inclusive o cérebro.
“Por uma combinação dinâmica de amor, genes, hormônios e prática, o cérebro feminino sofre mudanças concretas e provavelmente duradouras no processo de dar à luz e criar os filhos”, escreveu a americana Katherine Ellison no livro Inteligência de mãe.
De acordo com a ciência, a elevação dos níveis de hormônios durante a maternidade, como o estrogênio e progesterona, melhora o desempenho do cérebro, deixando a mulher mais ágil e mais atenta aos estímulos externos. O cuidado com os filhos ativa nas mães centros cerebrais de recompensa ligados ao prazer e essa também é uma forma de explicar as raízes do altruísmo e do “amor incondicional”.
Em entrevista à Revista CLAUDIA, a neurocientista Suzana Herculano declarou que também sentiu essas alterações cerebrais durante sua gestação. “Afinal, a única maneira de lidar com todas as tarefas por fazer e ainda cuidar de duas crianças é aprender a priorizar, passando para frente o que tem que ser feito hoje e eventualmente ignorando, sem remorsos, o que não era tão importante. Meu cérebro aprendeu a lidar melhor com isso”, afirma.
Neuroplasticidade cerebral
As pesquisas mais recentes da neurociência mostram que tanto a neuroplasticidade quanto a capacidade do cérebro de criar novos neurônios acontecem na infância e na vida adulta.
Para isso, o cérebro precisa ser estimulado com frequência por meio de atividades que o tirem da zona de conforto, como a ginástica para o cérebro e a leitura, por exemplo, que ajudam a desenvolver a performance e melhorar habilidades como memória, concentração, raciocínio e criatividade.
Assim como o SUPERA, curso de ginástica para o cérebro, tem um método baseado na novidade, variedade e desafio crescente, a maternidade também traz à tona esses conceitos. As mães se tornam mais ágeis e espertas devido aos desafios crescentes que ocorrem ao longo da sua rotina; a variedade de ações diferentes para com seus filhos e as situações completamente novas em sua vida depois da maternidade. E é por isso que as mães são nossas heroínas!
Por Assessoria de Imprensa Método SUPERA