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A hora é agora! A importância do protagonismo e do empoderamento após os 60 anos

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2018), mostram que a população idosa brasileira aumentou 18% no período de 2012 a 2017. Hoje o envelhecimento populacional é a nova realidade brasileira, neste sentido alguns aspectos como o empoderamento e o protagonismo, são determinantes para que haja a promoção do envelhecimento saudável e a realização de projetos de vida do indivíduo que está na faixa etária 60+.

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Protagonismo do idoso deve ser incentivado

O empoderamento tem sido discutido como um conceito dinâmico que envolve a autonomia individual e coletiva. A autonomia em sua definição, tem como finalidade a promoção da equidade e do bem-estar por intermédio da cooperação, autogestão e participação em movimentos sociais. Quando pensamos na pessoa idosa, o empoderamento pode ocorrer por meio de processos de acesso à educação e de sensibilização sobre o envelhecimento e no acesso às informações adquiridas ao longo da vida que despertam a reflexão para o seu desenvolvimento, afinal o desenvolvimento e a aprendizagem são contínuos, acontecem em todas as idades, inclusive na faixa etária 60+.

Mas afinal: Como aproveitar melhor a vida depois dos 60 anos?  São muitas as formas de protagonismo. Ser protagonista é também participar da sociedade mais ativamente – o que tem se mostrado positivo para muitos idosos, reivindicar seus direitos, conhecer seus deveres, assim como optar por caminhos e atitudes mais positivas, levando em consideração também o bem comum.

O protagonismo também acontece em diálogos, reuniões, participação em fóruns e conselhos voltados à pessoa idosa. É importante ter projetos de vida, valorizar as suas escolhas, as suas preferências, para ressignificar aquilo que não for bom.

A inserção em contextos voltados à terceira idade também é um ponto importante na construção deste protagonismo: Universidades abertas à terceira idade, Centros de convivência ou núcleos de convivência para idosos, além de escolas de estimulação cognitiva – como o Método SUPERA, entre outras instituições que  proporcionam oportunidades para o desenvolvimento de potencialidades de cada indivíduo.

O incentivo à participação dos idosos na sociedade é uma oportunidade de exercício de cidadania em busca de autonomia, permitindo à ideia de liberdade e de protagonismo. Ressalta-se que os idosos possuem muito a agregar, por meio de suas experiências, vivências, demandas, conhecimentos, percepções, sentimentos e motivações que devam ser considerados e valorizados para que essa grande parcela da população seja contemplada com representações em todos os espaços.

Deixamos aqui um trecho reflexivo da letra de uma música para que possamos entender que o nosso tempo é agora, que temos que viver em busca dos nossos sonhos e tentar encontrar significados para a fase da vida em que estamos vivendo.

Música: O Que é, o Que é? Gonzaguinha.

Eu fico com a pureza das respostas das crianças:

É a vida! É bonita e é bonita!

Viver e não ter a vergonha de ser feliz,

Cantar, a beleza de ser um eterno aprendiz

Eu sei que a vida devia ser bem melhor e será,

Mas isso não impede que eu repita:

É bonita, é bonita e é bonita!

A participação da sociedade para assegurar aos idosos os direitos fundamentais, que lhe proporcionem as oportunidades para proteção de sua saúde física e mental, bem como o seu desenvolvimento em condições de liberdade e dignidade, os mantendo assim agentes de mudanças e protagonistas de suas histórias. Além disso, deixamos a reflexão de que uma sociedade adequada para os idosos, é uma sociedade que é digna para todas as idades.

Literatura consultada:

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Projeção da população do Brasil por sexo e idade 1980-2050: Revisão 2008. 2008. Disponível em: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/20980-numero-de-idosos-cresce-18-em-5-anos-e-ultrapassa-30-milhoes-em-2017. acesso em 30 de setembro de 2020.

KLEBA, Maria Elisabeth; WENDAUSEN, Agueda. Empoderamento: processo de fortalecimento dos sujeitos nos espaços de participação social e democratização política. Saude soc.,  São Paulo ,  v. 18, n. 4, p. 733-743,  Dec.  2009 .   Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-12902009000400016&lng=en&nrm=iso>. access on  30  Sept.  2020.  https://doi.org/10.1590/S0104-12902009000400016.

Rozendo, Adriano da Silva; Justo, José Sterza; Correa, Mariele Rodrigues. Protagonismo político e social na velhice: cenários, potências e problemáticas. Revista Kairós, v. 13, n. 1, p. 35-52, 2010. Disponível em: <http://hdl.handle.net/11449/126884>.

Texto escrito por:

Lais Aparecida Pereira Mota- estudante do curso de Graduação em Gerontologia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP). Bolsista de iniciação científica PUB-USP.

Karen de Souza Jardim- estudante do curso de Graduação em Gerontologia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP). Bolsista de iniciação científica PUB-USP.

Profa. Dra. Thais Bento Lima-Silva, Docente do curso de Graduação em Gerontologia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP), Coordenadora do curso de pós-graduação em Gerontologia da Faculdade Paulista de Serviço Social (FAPSS), pesquisadora do Grupo de Neurologia Cognitiva e do Comportamento da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e conselheira executiva da Associação Brasileira de Gerontologia (ABG) e colunista do site do Método SUPERA.

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