SUPERA – Ginástica para o Cérebro

A apatia na Doença de Alzheimer: Um desafio constante

A apatia na Doença de Alzheimer

A apatia na Doença de Alzheimer é uma constante e a Doença de Alzheimer (DA) é o hoje o tipo mais comum de demência. A condição normalmente acomete pessoas idosas, levando à perda das chamadas funções cognitivas – aquelas que são ligadas à memória, orientação, atenção e linguagem. Quando diagnosticada no início, é possível retardar seu avanço e ter mais controle sobre os sintomas, garantindo melhor qualidade de vida ao paciente e à família. No Brasil, há cerca de 1,2 milhão de casos, a maior parte deles ainda sem diagnóstico.

Reconhece-se atualmente que, além de alterações cognitivas exigidas para seu diagnóstico, a DA apresenta uma série de sintomas comportamentais e psicológicos. Entre os sintomas da doença, iremos destacar neste texto primordialmente, sobre a apatia. Segundo a pesquisa de Teixeira e Caramelli (2006), o significado contemporâneo do termo apatia remonta à psicopatologia do início do século XX, aproximando-o do conceito de abulia. Assim, define-se apatia como perda de interesse ou motivação.

A apatia na Doença de Alzheimer

Dessa forma, o comportamento pode mostrar-se esquivo, com desinteresse em realizar atividades diversas, como exercitar-se, interagir socialmente e, mesmo, efetuar as atividades da vida diária. Nesse sentido, o paciente com apatia demanda muito de seus cuidadores, o que representa um fator de risco para a institucionalização.

Finalmente, ressalta-se que o mero desinteresse em engajar-se em determinada atividade previamente realizada não significa síndrome apática, podendo representar, na verdade, a perda da habilidade cognitiva em executá-la.

Até o momento, não existe uma cura para a DA, mas os avanços da medicina têm permitido que os pacientes tenham uma sobrevida maior e uma qualidade de vida melhor, mesmo na fase grave da doença, atenuando os sintomas, como a apatia.

O tratamento é feito com o uso de medicamentos e de terapias que estimulem a memória, o raciocínio lógico, a comunicação e a convivência, além da prática de atividades físicas e fisioterapia.

As vantagens e as desvantagens de cada medicação e o modo de administração devem ser discutidos com o médico que acompanha o paciente. A resposta esperada com o uso dessas medicações é uma melhora inicial dos sintomas e o retardo da evolução da doença.

Assinam este artigo:

Cássia Elisa Rossetto Verga

Estudante de Graduação do curso de bacharelado em Gerontologia pela Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo. Atualmente faz estágio na área de pesquisa em treino cognitivo de longa duração pelo Instituto SUPERA – Ginástica para o Cérebro. Tem interesse na área de treino e estimulação cognitiva para idosos, com enfoque em neurologia cognitiva. É membro da Associação Brasileira de Gerontologia (ABG). Já foi bolsista PUB da Universidade Aberta à Terceira Idade da EACH-USP, atual USP 60 + nas oficinas de música e letramento digital. Participou como assessora de Projetos e Recursos Humanos na Empresa Geronto Júnior entre os anos de 2019 a 2020.

Profa. Dra. Thais Bento Lima-Silva

Gerontóloga formada pela Universidade de São Paulo (USP). Docente do curso de Graduação em Gerontologia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP), Coordenadora do curso de pós-graduação em Gerontologia da Faculdade Paulista de Serviço Social (FAPSS), pesquisadora do Grupo de Neurologia Cognitiva e do Comportamento da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e diretora científica da Associação Brasileira de Gerontologia (ABG). Membro da diretoria da Associação Brasileira de Alzheimer- Regional São Paulo. É assessora científica e consultora do Método Supera

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