Não existe saúde cerebral sem que haja também saúde mental. Isso é tão verdade que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o conceito de saúde não se restringe somente à ausência de uma doença ou enfermidade, mas contempla também bem-estar físico, mental e social.
O cenário social atual tem se tornado palco de discussões diversas e extremamente necessárias acerca da importância de cuidar da saúde mental, de reconhecer seus sintomas, e suas possíveis causas. Também tem sido colocado em pauta temas adjacentes tais como a depressão, ansiedade e transtornos mentais.
Além disso, a saúde mental quando comprometida pode interferir seriamente na saúde do cérebro e desdobrar-se para diversas áreas da nossa vida, tomando proporções perigosas ao indivíduo.
Continue a leitura se quiser saber mais!
Neste conteúdo você verá:
- Quais são os fatores que comprometem a saúde mental?
- Quais as principais consequências para a saúde do cérebro?
- Como cuidar da saúde mental e da saúde do cérebro também?
A saúde mental é um importante fator para que possamos enfrentar os desafios do dia a dia e levar a vida da melhor maneira possível.
Mas e quando isso não acontece? O que acontece com nosso cérebro quando entramos em estado depressivo, temos crises de ansiedade recorrentes?
Como seres humanos, temos um corpo físico e um outro mental. Embora possam ser classificados separadamente, eles atuam em conjunto e ambos podem comprometer-se criando um ciclo vicioso de danos tanto no aspecto cognitivo quanto físico.
Neste artigo, vamos falar de alguns fatores que comprometem nossa saúde mental, como isso prejudica o funcionamento do nosso cérebro e o que podemos fazer para mudar essa situação.
Quais são os fatores que comprometem a saúde mental?
Uso desmoderado das redes
Na era da conectividade, sentimos a necessidade de estar ligado nas redes a todo momento e saber de tudo o que acontece no mundo em tempo real.
Não se pode negar que o acesso à informação é necessário e pode ser muito positivo para o cérebro quando utilizado de forma consciente, mas quando sofremos pela falta do acesso à internet, já podemos configurar essa necessidade como um problema, pois casos como esse podem evoluir para uma patologia considerada um transtorno mental, comprometendo importantes funções cognitivas, principalmente em jovens, os quais ainda não possuem diversas funções formadas.
Prática excessiva de jogos online
A dependência de jogos online e de realidade virtual e a prática excessiva dessa atividade também está entre as causas de depressão apontadas pela OMS.
Além disso, a partir de 2022, esse vício será tratado como um transtorno de saúde mental.
Invalidação da doença
A deslegitimação da depressão e ansiedade é um dos fatores que prejudicam tratar do problema.
Certamente você já ouviu alguém comentando sobre uma pessoa depressiva ou com crise de ansiedade algo como “é só frescura, logo passa”, como fruto de um desconhecimento por parte da sociedade, esse também é um comportamento que inibe o diálogo em diferentes situações e impede uma construção coletiva de conhecimento sobre o tema.
Como resultado, os indivíduos não buscam tratamento e não se atentam aos sintomas, por considerar a doença uma tristeza repentina e passageira.
Pouco conhecimento
A visão que temos de diversas doenças hoje em dia é resultado de uma série de transformações que ocorreram ao longo do tempo.
Antes, pessoas com transtornos mentais eram consideradas aberrações e isoladas do convívio social, com os avanços na área de psiquiatria, foram realizadas pesquisas que tornaram possível diagnosticar e melhor avaliar determinada disfunção.
Com a depressão e algumas outras doenças encontramo-nos também em um estágio inicial de pesquisas e pouco sabemos sobre suas causas, sendo este também um entrave para sua rápida resolução.
E quais são as principais consequências para a saúde do cérebro?
Uma pessoa nesta situação apresenta distúrbios em diversos aspectos, tais como
Sono agitado, falta de apetite, reclusão e falta de convívio coletivo, baixo rendimento escolar e baixo desempenho profissional.
E é aí que a saúde do cérebro entra. Todas essas consequências que interferem diretamente em nossa vida de maneira geral, também comprometem seriamente o funcionamento do cérebro.
A falta de sono
Todos sabemos como ficamos após uma noite mal dormida, mas pouco se sabe sobre os efeitos cognitivos da falta de sono adequada.
É durante o sono que absorvemos todo o conteúdo e aprendizado adquiridos ao longo do dia, quando dormimos mal não armazenamos essas informações do modo como deveríamos.
As capacidades de memória, tomada de decisão e criatividade também tem seu potencial reduzido.
Má alimentação
Uma alimentação que inclui a ingestão excessiva de açúcar reduz a flexibilidade cognitiva, bem como a memória de curto e longo prazo, enquanto as frituras potencializam as chances de contrair doenças neurodegenerativas como o Alzheimer.
Falta de convívio coletivo
Embora se enquadre em um contexto necessário, o isolamento social imposto pela pandemia já manifesta seus efeitos: além das crises de irritabilidade e alterações de humor, muitas pessoas demonstraram comportamento agressivo, pensamentos psicóticos e inclinação ao alcoolismo.
Em um contexto em que esse isolamento é opção do indivíduo os efeitos são os mesmos.
Como cuidar da saúde mental e do cérebro também?
Além de manter uma boa alimentação e ter noites de sono bem dormidas, não podemos falar sobre saúde mental e do cérebro sem falar de dois importantes fatores. Vamos lá:
Convívio social
Enquanto pessoas, somos muito diversos e isso quer dizer que muitas vezes alguns preferem viver rodeados de amigos enquanto outros sentem-se igualmente confortáveis com um número reduzido deles. E está tudo bem também.
O que é realmente importante para a saúde da mente é estar em diálogo com pessoas com as quais nos sentimos à vontade para conversar sobre qualquer coisa, inclusive sobre aquela “tristeza” que julgamos ser passageira. O importante é se colocar em espaços onde essa conversa seja possível e acolhedora.
Ginástica para o cérebro
Nosso cérebro é um órgão muito poderoso e que pode ser treinado para quase tudo.
Hoje em dia já é possível encontrar instituições altamente preparadas que, por entenderem a importância da saúde do cérebro, se preocupam com o cuidado e desenvolvimento desse órgão tão importante. Lembre-se que para tratar questões de saúde mental, é importante buscar por ajuda especializada com psicólogos e/ou psiquiatras.
Já para cuidar da saúde do cérebro, os exercícios cognitivos podem ajudar a desenvolver habilidades de raciocínio lógico e habilidades socioemocionais, tomada de decisão e ainda contribuem para minimizar os impactos do envelhecimento cerebral e doenças neurodegenerativas.
O modelo de aula em grupo é responsável ainda por desenvolver a segurança e sociabilidade de seus alunos, que tem ainda o benefício de fazer amizades e estar em situações de diálogo.