*Rômulo Alves Dias – diretor da unidade Supera São Luís – MA
A bagagem de conhecimento que acumulamos ao longo da vida naturalmente direciona as nossas estratégias de decisão e define quem somos. O aprendizado obtido pelas experiências passadas, onde exercitamos a boa prática de realizar determinada tarefa, acaba se transformando em uma bússola que nos guia para chegar a uma resposta. E o senso comum não cansa de lembrar que não é preciso ficar quebrando a cabeça com determinada tarefa. Claro, porque alguém já inventou a roda! Mas você já não teve a sensação de que o conhecimento prévio às vezes parece nos limitar? Como se não tivéssemos opção de tentar algo diferente? Se sempre seguirmos o que já está formatado, como criar algo novo? Talvez a origem desta limitação esteja no nosso modo atual de vida. Vivemos em uma sociedade onde o modelo ação-consequência é bem visível. Neste modelo nossas ações devem ser tomadas de maneira que possamos avaliar concretamente as possíveis consequências, fazendo uso da inteligência lógicomatemática.
2012Somos cobrados na escola e no mercado de trabalho a apresentar ideias novas, a pensar diferente e assim propor soluções criativas para os problemas. Quem pensar de maneira diferente da maioria pode então ter um diferencial competitivo. No entanto, muitas vezes existe um conflito entre estas duas habilidades: raciocínio lógico e criatividade. Quando crianças exercitamos bastante a imaginação e criar soluções simples e criativas para os desafios é bastante comum. Claro que nem sempre são alternativas viáveis na prática. À medida que o tempo passa, somos bombardeados com uma grande quantidade de conhecimento e soluções prontas.
Assim, por vezes, começamos a perder a nossa capacidade natural de exercitar a imaginação. Não testamos novos caminhos e nos limitamos a ter um pensamento fixo para não cometermos erros e `perdemos tempo`. Quem tem um pensamento excessivamente lógico pode cair na armadilha da inércia do pensamento, isto é, quando enfrenta um problema novo tem a tendência de tentar usar soluções já aprendidas para desafios aparentemente semelhantes, mas que não são suficientes para resolver o dilema que se apresenta no momento. Sente-se então a ansiedade por não conseguir aplicar o conhecimento adquirido de maneira inteligente para criar novas estratégias e abordagens para lidar com a situação.
Resumindo, apresente-me um problema que já tenho a solução armazenada e serei eficiente, mas altere um pouco o cenário e … o que vou fazer agora? O cérebro deve ser treinado em vários aspectos. Raciocínio lógico, concentração, criatividade e foco devem trabalhar em harmonia para que o pensamento seja flexível e possa criar soluções ao mesmo tempo criativas e concretas. Para isso, diversas ferramentas complementares como jogos, desafios lógicos, técnicas de visualização e pensamento visual devem ser exercitadas. Sempre com o objetivo não na ferramenta em si, mas na habilidade que pode ser trabalhada e utilizada nas diversas dimensões da vida: estudantil, profissional, esportista etc.
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