Segundo Geomacel Carvalho, especialista em ginástica cerebral do Método SUPERA, além de motivação, é preciso ter atitude. Exercitando seu cérebro, você é capaz de mudar hábitos.
“O hábito é formado por uma recompensa ou uma punição. Quanto mais rápida for a resposta de uma atitude, mais fácil é fazer com que ela vire um hábito. Porém, o cérebro prefere recompensas a curto prazo. Quando fazemos uma dieta para entrar em forma, a recompensa está mais longe, e comer traz benefício imediato. Por isso é tão difícil para tanta gente”, explica Geomacel, com base em conceitos da neurociência.
Para driblar o comodismo, existe uma técnica que se tornou famosa no livro “O Poder do Hábito”, de Charles Duhigg, que consiste em repetir o mesmo comportamento por 21 dias. Em síntese, o hábito é formado a partir de 3 elementos: deixa, rotina e recompensa.
2017A deixa pode ser um horário do dia, uma palavra, um lembrete no celular. “Um estímulo que manda seu cérebro entrar em modo automático, e indica qual hábito ele deve usar”, escreve o autor.
A rotina é a repetição quase idêntica do comportamento, um ato mental ou emocional. A rotina pode ser constituída de elementos simples, como escovar os dentes ou complexas, com dirigir, falar em público.
A recompensa é um elemento que permite ao cérebro associar à deixa e à rotina um aspecto positivo, agradável, interessante. É ela que vai motivar seu cérebro a continuar repetindo este ciclo.
A motivação no cérebro
Quando você está motivado, o córtex pré-frontal e o orbitofrontal são ativados e o cérebro identifica oportunidades. A partir disso, circuitos cerebrais detectam no ambiente condições necessárias para a realização.
Neste momento, o poder de foco da atenção no que se está fazendo e na meta a ser conquistada é o grande diferencial.
Segundo um artigo publicado no The Journal of Neuroscience, existe uma área do cérebro que transmite representações que podem desencadear comportamentos motivadores.
O artigo revela que pensar na recompensa é a chave para manter a energia sempre em alta para desencadear as atitudes.
A gratificação no emagrecimento varia de acordo com a pessoa: pode ser por questões de saúde ou simplesmente para usar aquela calça que há anos estava apertada, mas o fato é que pensar nela libera dopamina, neurotransmissor responsável pelo prazer.
A ativação da dopamina afeta diretamente o comportamento. Ter níveis oscilantes do hormônio é saudável para regular a motivação, fazendo com que as pessoas persistam no que é positivo.
Alimentos que emagrecem e ajudam a manter o foco no cérebro
Estudos revelam ainda que alguns alimentos ajudam a manter o foco na meta
As oleaginosas, por exemplo, são fonte de “gordura do bem” e selênio. Pessoas com baixos níveis de selênio podem sofrer distúrbios na atividade dos neurotransmissores – substâncias produzidas pelo neurônio que tem como função levar informações de uma célula a outra – podendo até sofrer alterações de humor.
Carnes vermelhas e folhas verdes também são boa pedida. Estes alimentos são ricos em ferro, que tem como principal função carregar o oxigênio para os tecidos, inclusive o cérebro. Quando os níveis de ferro diminuem, o organismo fica com pouco oxigênio disponível, resultando em concentração, atenção e foco reduzidos.
Até mesmo o café, se consumido moderadamente, tem ação estimulante. Alimentos que possuem cafeína na composição – exemplo também do chá verde e o chocolate amargo – possuem efeito estimulante, que ajuda a melhorar a concentração.
A gema de ovo também deve ser incluída na dieta! O motivo é a colina, substância que ajuda na reconstrução das células do cérebro, ou seja, ajuda a reparar e construir mais neurônios. A colina também é utilizada na síntese da acetilcolina, neurotransmissor que auxilia na concentração.