O projeto Andar de Novo, do neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis entra em campo hoje. Iniciado em 2011, um dos jovens que participaram dos testes dará o chute inicial antes do primeiro jogo entre Brasil e Croácia.
Anos de estudo e com um investimento de mais de 33 milhões de reais foram dedicados à criação de um exoesqueleto capaz de conectar-se diretamente ao cérebro através de sensores de eletroencefalograma que lê os comandos cerebrais e fazem com que os voluntários caminhem.
2014Oito jovens com idades entre 20 e 40 anos e pacientes da Associação de Assistência à Criança Deficientes (EEG) conseguiram reaprender os comandos mentais que dirigem os movimentos através de uma plataforma digital. Dessa forma o cérebro foi capaz de reestabelecer as conexões para dirigir o exoesqueleto.
Por meio de placas flexíveis de circuitos integrados ao pé do robô, eletrodos são enviados aos neurônios nos quais despertam a sensação de tato dos membros paralisados, além da coordenação espacial, equilíbrio e força.
Este é um marco para a neurociência e a esperança para aqueles que um dia sonharam em andar novamente. A oportunidade de lançar o projeto na Copa do Mundo pode trazer novos investimentos e aprimorar a eficácia da ginástica cerebral.
De certa forma, tais estímulos enviados ao cérebro pelo exoesqueleto se aproximam do processo da ginástica cerebral. Quanto mais o cérebro é estimulado, melhor é seu desempenho. Ou seja, os paraplégicos foram capazes de andar e a ginástica cerebral amplia o potencial do seu cérebro, também através de novas conexões.