Provavelmente você não lembra do seu primeiro “Por que?”, mas, no seu cérebro, ele foi o início de uma jornada cognitiva que passou pela infância, adolescência e chegou a fase adulta.
Em 2021, com inúmeros estímulos tecnológicos e menos tempo– muitas vezes também temos menos tempo para questionar e aprender e assim subestimamos a importância do questionamento para o nosso cérebro e como isso nos ajuda a nos desenvolver, enquanto indivíduos e espécie.
Os porquês do cérebro
Mais do que entender os porquês do mundo, é preciso criar relações entre informações e fatos para compreender um mundo que muda a cada instante. Segundo Livia Ciacci, neurocientista do SUPERA – Ginástica para o cérebro, toda bagagem construída pelas experiências ao longo da vida vai se tornando repertório aprendido que são as lentes pelas quais julgamos os novos acontecimentos.
“Mas toda memória e aprendizado que já faz parte do nosso repertório pode ser modulado – nós temos mecanismos fisiológicos que permitem que o cérebro fortaleça, enfraqueça ou troque os conteúdos antigos por outros. Questionar é exatamente usar o foco do pensamento para verificar se algum conteúdo da bagagem pode ser melhorado ou atualizado. É usar a atenção e o pensamento flexível para olhar para a mesma coisa, porém com olhos de principiante”, detalhou a especialista.
Por que questionar?
Você já parou para pensar que tudo que temos a nossa volta nasceu de uma dúvida? Construímos todo conhecimento científico da humanidade porque ousamos questionar. Estamos sempre querendo saber como será o próximo carro, o próximo smartphone, a próxima promoção do trabalho, a próxima tecnologia. Hoje temos uma realidade de vida em sociedade que cria diferentes tecnologias o tempo todo e muda muito rápido – exigindo que cada vez mais tenhamos um comportamento questionador.
“É importante questionar porque é assim que incrementamos o aprendizado em todas as suas esferas, é assim que evoluímos individualmente e em grupo!”, lembrou Livia Ciacci.
Questionar para aprender – um cérebro principiante
No Japão há o termo “Shoshin” que significa “mente de principiante”. Este conceito diz respeito a mente aberta e curiosa da infância que explora as ideias sem a pretensão de “já conhecer sobre”. Este conceito mostra a importância de nós abrimos a ouvir, questionar e aprender.
Ao mesmo tempo que é importante manter um repertório de conhecimento rico e variado, acumular muita bagagem pode influenciar na maneira como você julga novas informações. Os psicólogos citam esse fenômeno como a “fixação funcional” – quando a familiaridade com assuntos ou usos das coisas atrapalha o ato de questionar e visualizar outros pontos de vista ou outras aplicações.
“A fase da vida em que aprendemos mais coisas e mais rápido é na infância, quando ainda estamos livres de hábitos e associações prévias. Assimilar novas informações pressupõe disposição para avaliá-las da forma mais imparcial possível”, detalhou Livia Ciacci – neurocientista do SUPERA Ginastica para o cérebro.
Questionar para ter mais reserva cognitiva
Ainda segundo Livia Ciacci, neurocientista do SUPERA, questionar significa estar buscando mais (ou outras) respostas, e é isso que modula e modifica as conexões entre os neurônios a favor do aprendizado.
Neste sentido, o treino cognitivo ou ginástica para o cérebro oferece uma maior consciência dos próprios processos de aprendizado e aumenta a capacidade de focar a atenção. “Começamos a perceber e controlar a resposta automática e impulsiva, que a ínsula – uma área do lobo temporal – naturalmente nos instiga a dar. E então questionamos, e refletimos sobre atitude que provoca modificações estruturais nos aprendizados, levando a mudanças nas características de quem somos e em como nos posicionamos no mundo. Os desafios de raciocínio flexível e enigmas são super aliados para treinar a mente de principiante, porque precisamos olhar as mesmas coisas de outro jeito para conseguir resolver”, concluiu a especialista.
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