
Envelhecer é o que acontece quando tudo dá certo, um processo natural da vida. No entanto, viver mais ainda é acontecimento social recente. Faz bem pouco tempo em que convivemos com uma expectativa de vida acima de 60 anos – foi só nos anos 60 que a humanidade conquistou esse feito e, em termos históricos, trata-se de um período muito curto. Dessa forma, a sociedade ainda não se acostumou a ter idosos andando na rua, frequentando a academia, os restaurantes, as salas de reunião, os bancos de escola e até as baladas.
Ainda causa estranhamento vê-los ativos, com a cabeça boa, seguindo suas vidas independentes para além de filhos e netos. E é para normalizar esse envelhecimento autônomo e natural que nasceu o Pequeno Manual Anti-Idadista, desenvolvido e organizado pelo médico e gerontólogo, Alexandre Kalache, uma das maiores autoridades mundiais em envelhecimento e políticas públicas voltadas para a pessoa idosa, e parceiros.
“Queremos conversar com todo mundo, educar outras gerações, levar o Pequeno Manual para as escolas, discutir com todos porque não podemos deixar de legado esse país que nega direitos à pessoa idosa.Todos somos idosos: de hoje ou de amanhã. E os jovens querem envelhecer em um mundo mais acolhedor”, disse o doutor Alexandre Kalache durante fala acerca do Pequeno Manual Anti-Idadista em abril, no CBGG (Congresso Brasileiro de Geriatria e Gerontologia).
A publicação é dividida em 14 capítulos que abordam temas como:
- Reconhecimento do idadismo;
- Surgimento do idadismo;
- Desconstrução do idadismo;
- Os “is” do idadismo;
- Direitos da pessoa idosa;
- Idadismo nos serviços públicos;
- Idadismo no mercado de trabalho;
- Violência contra a pessoa idosa;
- Combate à solidão da pessoa idosa;
- Educação como forma de combate ao idadismo;
- Exemplos de campanhas que abraçam outras causas;
- Idadismo na comunicação;
- Liga Ibero – Americana e Liga Brasileira de Combate ao Idadismo
O manual se encerra com uma espécie de manifesto intitulado: “Não basta não ser idadista. É preciso ser anti-idadista. Ativismo importa!” numa alusão à máxima defendida pela filósofa Ângela Davis: “não basta não ser racista, é preciso ser antirracista”. Trata-se de um convite à desconstrução de ideias preconcebidas sobre envelhecimento e à adesão ao ativismo anti-idadista, ou seja, entender o envelhecimento como uma conquista, defendendo a cidadania, respeitando as diferenças e a diversidade trazidas pelo impacto da idade.
Já diria minha avó: “velho é trapo, não gente”. E o Pequeno Manual Anti-Idadista deixa isso bem claro. Envelhecer é privilégio e quem o conquista deve ser reverenciado e respeitado. O Supera acredita nisso e aposta na construção de um envelhecimento saudável e ativo desde a primeira infância por meio da estimulação cognitiva, afinal, toda transformação começa pelo cérebro.
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