O psicólogo norte americano Howard Gardner ficou mundialmente conhecido a partir de 1982 pela teoria das Múltiplas Inteligências, que sustenta a ideia de que além das habilidades linguística e lógico-matemática, existem outras formas de inteligência.
São elas: espacial, corporal, interpessoal, intrapessoal, naturalística e musical. Ele sugere que o ser humano dispõe de graus variados de cada uma dessas inteligências e maneiras diferentes com que elas se combinam, organizam e se utilizam dessas capacidades intelectuais para resolver problemas e criar coisas novas.
2014
A inteligência espacial para Gardner nada mais é do que a capacidade para perceber o mundo visual e espacial de forma precisa. É a habilidade de manipular formas ou objetos mentalmente e, a partir das percepções iniciais, criar tensão e equilíbrio em uma representação visual. Isso acontece principalmente com os artistas plásticos, engenheiros e arquitetos. Nas crianças, essa habilidade é percebida quando estão praticando ginástica cerebral jogando tangram, por exemplo.
A inteligência corporal refere-se à habilidade para resolver problemas ou criar produtos através do corpo. Utiliza-se principalmente a coordenação, seja em esportes, artes cênicas ou no controle e manipulação de objetos.
Já a interpessoal pode ser descrita como uma habilidade para entender e responder os sentimentos e o humor de outras pessoas. É o modo de como nos relacionamos com outras pessoas, como acontece entre os psicoterapeutas e professores.
A habilidade intrapessoal é a capacidade de ter acesso aos próprios sentimentos, sonhos e ideias, a partir do reconhecimento das necessidades e dos desejos, para formular uma impressão de si mesmo.
Quando Gardner sugere a inteligência naturalística, está se referindo à relação da pessoa com a natureza e o contato com os fenômenos.
A musical se manifesta através de uma habilidade para apreciar, compor ou reproduzir uma peça musical, a partir da discriminalização de sons, timbre e ritmos.
Algumas dessas habilidades também são desenvolvidas com a ginástica cerebral. Os jogos, as dinâmicas, as apostilas e os desafios em sala de aula estimulam a socialização, agilidade de raciocínio e refletem em autoconfiança e autoestima.
Em sua teoria, Gardner também afirma que tais inteligências apresentam-se de duas formas. De maneira genética, ou seja, o indivíduo traz essa bagagem no próprio DNA, e através dos estímulos que recebemos ao longo da vida. Experiências e condições favoráveis para desenvolver cada inteligência.
Assim como a ginástica cerebral, o psicólogo acredita que, quanto mais estímulos a pessoa receber, seja criança, jovem, adulto ou idoso, melhor será seu desempenho cerebral, porque o cérebro estará em constante desenvolvimento no que se refere ás redes neuronais.