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Longevidade: o segredo para viver bem por mais tempo

longevidade

Estudo aponta que longevidade está relacionada com vida social saudável. Foto: alunos SUPERA em Sobral (CE)

Longevidade tem relação com convívio social

Uma vida social saudável pode ser tão boa para a longevidade quanto evitar cigarros, de acordo com uma pesquisa divulgada pelo jornal PLoS Medicine.

Pesquisas feitas na Brigham Young University e Universidade do Norte da Califórnia reuniram dados de 148 estudos sobre a relação entre a saúde e as relações sociais – todo o trabalho de pesquisa sobre o tema que poderiam encontrar, envolvendo mais de 300 mil homens e mulheres de todo o mundo – e descobriram que as pessoas que tinham más conexões sociais tinham, em média, 50% mais chances de morrer do que as pessoas com bons vínculos sociais.

De acordo com os autores das pesquisas, este aumento na longevidade é quase tão grande quanto à diferença de mortalidade observada entre fumantes e não fumantes. E é maior do que as diferenças no risco de morte associado à falta de exercício e à obesidade. “Não são apenas alguns estudos aqui e ali”, diz Julianne Holt- Lunstad , principal autora do estudo e professora de psicologia na Universidade Brigham Young.

“Eu espero que haja o reconhecimento da comunidade médica, a comunidade de saúde pública e até mesmo o público em geral sobre a importância disso”.

2016

O “efeito amigo”, como chamaram, não parece variar de acordo com sexo ou idade, nem apareciam em pessoas solitárias extraordinariamente sensíveis a qualquer uma doença em particular.

Mas se é verdade que “nós conseguimos viver mais com uma pequena ajuda de nossos amigos”, então como isso acontece? Ou seja, como a integração social – medida por questionários sobre amigos, tamanho da família, estado civil e número de moradores do domicílio – influencia ao longo da vida?

A verdade é que ainda não sabemos exatamente. “A evidência crítica da relação dos processos psicossociais com a saúde surgiu somente nos últimos 10 ou 15 anos – ainda que muitas teorias sobre isso tenham aparecido a partir dos anos 70”, diz o professor de psicologia Bert Uchino no Universidade de Utah.

Um fato curioso que comprova esta relação é que nós nos voltamos para a família e para os amigos quando estamos doentes – ajudando a manter o controle dos remédios e preparar as refeições. Cuidar dos outros também pode nos levar a cuidar melhor de nós mesmos. “Um bom exemplo é alguém que tem um filho”, diz Uchino. Essa nova ligação é muitas vezes o ímpeto para parar de fumar, beber menos ou para conter qualquer atividade de risco.

Mas a influência de laços sociais pode ser ainda mais poderosa em relação a longevidade. Relações sociais podem ajudar nossos corpos a se ajudarem. Estudos recentes mostram que, em uma situação estressante, a pressão do sangue e do coração aumenta quando as pessoas são acompanhadas por outras. Imagens do cérebro também mostram diferenças neurológicas entre uma pessoa que está sozinha e uma pessoa que tem apoio em uma situação tensa induzida pelo laboratório: a atividade cerebral no córtex cingulado anterior, uma região ativada em momentos de estresse, é atenuada quando as pessoas têm um amigo ou parente ao lado.

Longevidade também significa cultivar amizades

O sistema imunológico de pessoas com vários amigos trabalhou melhor, combatendo o vírus. Estudos sugerem que o que a resposta imunológica pode ser afetada pelos hormônios do estresse – catecolaminas e glicocorticóides – e uma boa vida social afeta, assim, o sistema imunológico, ajudando as pessoas a manter o estresse fisiológico em cheque.

Mas transformar as pesquisas em conselho médico não é fácil. “É difícil legislar relações sociais”, diz Holt-Lunstad. “E todos sabemos que alguns relacionamentos são melhores que outros e nem todos são inteiramente positivos”.

Desde que o novo estudo de “Holt-Lunstad analisou a associação entre o risco de mortalidade e a quantidade de relacionamentos, ao invés da qualidade, ela se pergunta se não veríamos benefícios ainda melhores se nos concentrássemos apenas nas boas relações.

Reforçar essas conexões pode ajudar as pessoas a ficarem mais saudáveis do que tentar construir conexões entre completos estranhos. “Precisamos prestar mais atenção às relações que ocorrem naturalmente”, diz Holt- Lunstad.

O corpo, muitas vezes, é reflexo do envelhecimento. Os sinais da idade começam a aparecer, mas o cérebro pode continuar jovem e ativo.

Estimular o cérebro, mesmo na terceira idade, fortalece as reservas cognitivas e garante que as perdas cognitivas, naturais do ser humano, sejam menos agressivas.

Isso acontece por meio de atividades desafiadoras que tiram o cérebro da zona de conforto. Uso do ábaco para treinar a atenção e a coordenação motora fina, jogos de tabuleiro, jogos online, apostilas com desafios, dinâmicas em grupo e neuróbicas.

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 Este artigo foi extraído e traduzido do site da Dana Fondation

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