SUPERA – Ginástica para o Cérebro

Junho violeta e a importância da prevenção da violência contra a pessoa idosa

Junho violeta e a importância da prevenção da violência contra a pessoa idosa - SUPERA - Ginástica para o Cérebro

A violência contra a pessoa idosa é uma realidade alarmante que afeta milhões de indivíduos em todo o mundo, independentemente de sua origem étnica, social ou cultural. No Brasil, essa problemática não é diferente, sendo necessário compreender a sua prevalência e os principais tipos de violência enfrentados por essa parcela da população.


De acordo com dados do Disque 100, do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC), nos primeiros cinco meses de 2023, foram registradas mais de 47 mil denúncias de violência contra pessoas idosas, totalizando cerca de 282 mil violações de direitos. Esse número representa um aumento significativo em relação ao mesmo período de 2022, evidenciando a gravidade do problema.

Os tipos de violência mais comuns contra pessoas idosas incluem negligência, abandono, violência física, violência psicológica e violência financeira ou material. Essas formas de violência representam uma ameaça séria à integridade física, emocional e social dos idosos, comprometendo sua qualidade de vida e bem-estar.

O Dia Mundial de Conscientização sobre a Violência contra a Pessoa Idosa, celebrado em 15 de junho, foi instituído oficialmente pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2011. Essa data tem como objetivo sensibilizar a sociedade sobre a gravidade da violência enfrentada pelos idosos e promover ações de prevenção e combate a esse tipo de violação de direitos. Além disso, busca-se estimular a reflexão e o debate acerca do envelhecimento digno e respeitoso, livre de qualquer forma de violência.


Para enfrentar a violência contra a pessoa idosa, é fundamental contar com canais de denúncia eficazes e acessíveis. O Disque 100, coordenado pela Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, é um desses recursos importantes, operando 24 horas por dia, todos os dias da semana, para receber denúncias de violência contra pessoas idosas, de forma gratuita e sigilosa. Além disso, o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania oferece outros canais de denúncia, como o site da Ouvidoria, o aplicativo
para smartphones Direitos Humanos, o aplicativo Telegram e o WhatsApp.

Além disso, o Conselho da Pessoa Idosa desempenha um papel fundamental na defesa e promoção dos direitos das pessoas idosas, bem como na articulação dentro da rede de enfrentamento à violência contra essa população. Como órgão colegiado de caráter consultivo e deliberativo, o Conselho atua na formulação e implementação de políticas públicas voltadas para os idosos, contribuindo para a garantia de seus direitos e o fortalecimento de sua participação social.


Os gerontólogos desempenham uma atuação importante na detecção e enfrentamento da violência contra a pessoa idosa. Com sua formação multidisciplinar, esses profissionais estão capacitados para identificar sinais de violência, oferecer suporte emocional e social às vítimas, e encaminhá-las para os serviços adequados de proteção e assistência. Além disso, os gerontólogos podem contribuir para a
sensibilização da sociedade sobre a importância de proteger e respeitar os direitos dos idosos, promovendo uma cultura de envelhecimento saudável e livre de violência.

Referências:

BRASIL, 2003. Estatuto da Pessoa Idosa. Disponível em: Acessível em: 07.Jun.2024. Almeida D. Disque 100 tem 47 mil denúncias de violência contra pessoas idosas. Agência Brasil [Internet]. 2023 Jun 02 [cited 2023 Jul 3]:12. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2023-06/disque-100-tem-47-mil-denuncias-de-violencia-contra-pessoas-idosas

Profa. Dra. Thais Bento Lima-Silva
Gerontóloga formada pela Universidade de São Paulo (USP). Docente do curso de Bacharelado e do Programa de Mestrado em Gerontologia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP), pesquisadora do Grupo de Neurologia Cognitiva e do Comportamento da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e diretora científica da Associação Brasileira de Gerontologia (ABG).
Membro da diretoria da Associação Brasileira de Alzheimer- Regional São Paulo, parceira científica do Instituto Supera de Educação.

Maria Antônia Antunes de Souza
Graduanda em Gerontologia pela Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP). Foi bolsista de iniciação científica PUB do projeto intervenções psicoeducativas para a COVID-19 aliada à estimulação cognitiva no programa USP 60 + e atualmente é membro do Grupo de Estudos em Treino Cognitivo da USP (GETCUSP).

Sair da versão mobile