O corpo passa por uma série de transformações durante a gestação, afetando inclusive o cérebro da futura mamãe.
“Por uma combinação dinâmica de amor, genes, hormônios e prática, o cérebro feminino sofre mudanças concretas e provavelmente duradouras no processo de dar à luz e criar os filhos”, escreveu a americana Katherine Ellison no livro Inteligência de mãe.
Segundo os cientistas, os níveis elevados de estrogênio e progesterona, comuns neste período, melhoram o desempenho do cérebro, deixando-a mulher mais ágil.
Para entender isso, neurocientistas da Universidade de Richmond, coordenados por Craig Kinsley e Katherine Lambert. fizeram uma pesquisa com ratazanas prenhas e que já tinham filhotes e outras que não tinham essa experiência.
2013Neste estudo, as fêmeas tinham de percorrer um labirinto para encontrar alimento. Os cientistas observaram que as ratazanas do primeiro grupo, que estavam prenhas e já possuíam filhotes, sempre chegavam primeiro até o alimento. Elas tinham o cérebro mais eficiente.
Eles observaram também que o aumento do nível de progesterona neste período aumenta significativamente o número de dendritos no cérebro da mãe. Os dendritos são ramificações neuronais que captam os sinais elétricos, promovendo um melhor desempenho da comunicação no cérebro.
Em entrevista para a Revista CLAUDIA, a neurocientista Suzana Herculano declarou que também sentiu essas alterações cerebrais durante sua gestação. “Afinal, a única maneira de lidar com todas as tarefas por fazer e ainda cuidar de duas crianças é aprender a priorizar,passando para frente o que tem que ser feito hoje e eventualmente ignorando, sem remorsos, o que não era tão importante. Meu cérebro aprendeu a lidar melhor com isso”, afirma.
Isso tudo é mais uma prova de que o cérebro pode mudar ao longo da vida, principalmente se ele for estimulado. A esta capacidade que o cérebro tem de mudança dá-se o nome de neuroplasticidade.
As pesquisas recentes mais recentes da neurociência mostram que tanto a neuroplasticidade quanto a neurogênese, capacidade que o cérebro tem de criar novos neurônios, pode acontecer na infância e na vida adulta. Isto pode ser induzido com ginástica cerebral, exercícios que ativam áreas do cérebro, mantendo-o vivo e ativo.
Muito conhecida nos EUA, a ginástica cerebral também vem sendo usada no Brasil para desenvolvimento de capacidades cognitivas como a concentração, a memória, o raciocínio lógico e a socialização.
O SUPERA, curso de ginástica cerebral, tem um método baseado em três pilares: novidade, variedade e desafio crescente. Isto explica, de certa forma, o porquê de as mamães serem ágeis e espertas. Afinal elas aprender muitas coisas novas para cuidar dos filhos.