O funcionamento da memória e sua imensa capacidade de armazenamento são assuntos complexos que instigam cientistas do mundo inteiro. Alguns estudos, ao contrário do que muitos acreditam, mostram que a memória não está ligada apenas a fatores cognitivos, mas também a emoções que experimentamos no decorrer da vida.
Em outras palavras, os processos emotivos influenciam e modulam profundamente a biologia da memória. É por isso que as lembranças e experiências que marcam nossas vidas não são nada estáveis.
2013É fácil notar que, quando recordamos um fato, ele sempre é narrado de forma diferente: os detalhes e até o significado acabam mudando, diferentemente do que acontece com uma foto, por exemplo.
Segundo cientistas, a fidelidade e a infidelidade da memória têm razão de ser. Ao mesmo tempo em que memorizamos fatos trágicos para não cometermos erros no futuro, desenvolvemos mecanismos de defesa que apagam lembranças.
De certa forma, o esquecimento acaba contribuindo para nossa evolução. Apagar experiências negativas da infância e traumas da adolescência podem, neste sentido, nos ajudar a aprender coisas novas, nos arriscar em projetos ousados e até amenizar quadros de depressão.
Memória e ginástica cerebral
Recordar grandes acontecimentos do passado pode ser para alguns a única função da memória, mas seu papel também é fundamental no nosso cotidiano, para que possamos nos lembrar de coisas simples, como datas de aniversários e compromissos importantes.
A ginástica cerebral estimula as conexões neurais, ativando a memória. Além disso, ela pode retardar em até 5 anos os sintomas do Alzheimer, doença que provoca a deterioração das funções cerebrais, como a perda da memória, da linguagem e da habilidade de cuidar do próprio corpo.
Assim como o corpo, a mente necessita de cuidados, de aprendizados diários e desafios crescentes. A ginástica cerebral tira o cérebro da zona de conforto, ativando as sinapses e tornando-o mais ágil.