A abertura da Copa do Mundo em 2014 será palco de mais um espetáculo, um chute histórico para a neurociência. Um cidadão brasileiro paraplégico será capaz de marcar o primeiro gol movendo pernas e braços sob o comando de sinais elétricos do cérebro.
Isso faz parte do projeto Walk Again Project (Projeto Andar de Novo) idealizado pelo cientista brasileiro Miguel Nicolelis, na Duke University, na Carolina do Norte, Estados Unidos.
2013
Há 22 anos, o cientista se dedica a fazer o cérebro e o corpo se comunicarem sem a intervenção dos músculos. Nas duas últimas décadas, muitos experimentos foram realizados e demonstram que esta façanha da ciência está cada vez mais próxima de ser realizada.
Até agora, as descobertas serviram para aprimorar algumas próteses já existentes, mas a esperança de Nicolelis é intensificar a transmissão de dados e melhorar a eficiência desses aparelhos.
Na Copa de 2014, a pessoa escolhida para dar o pontapé inicial poderá controlar com a ‘força da mente’ o aparelho, que será um exoesqueleto totalmente robótico e, assim marcar o primeiro gol do maior evento esportivo do planeta.
Cada vez mais a neurociência se aprofunda e amplia os resultados sobre a capacidade do cérebro humano. Estes avanços também reforçam a eficácia da ginástica cerebral, atividade que estimula novas sinapses no cérebro, aprimorando suas capacidades.
A ginástica cerebral tem como base um conceito da neurociência chamado neuroplasticidade, ou seja, a capacidade que o cérebro tem de se modificar e criar novas redes de conexões neuronais. Quanto mais estímulos o cérebro recebe, mais ele trabalha melhor.