Qualidade de vida – saiba como exercitar o cérebro pode garantir autonomia e permitir que sejamos ativos na terceira idade
Do que adiantaria viver por muito tempo sem qualidade de vida? O Brasil tem hoje uma população de 22,9 milhões de idosos, número que vai triplicar nos próximos 20 anos, chegando a 88,6 milhões (32,9%). Neste período, a expectativa de vida deve passar de 75 para 81 anos.
Isto, somando ao histórico de sedentarismo dos brasileiros, deve ter um grande impacto nos sistemas de saúde e na economia, porque um idoso doente gera custos altos e ainda precisa de cuidadores, sejam estes profissionais autônomos ou parentes economicamente ativos.
2015Ninguém com mais de 50 ou 60 anos quer depender do governo, muito menos da ajuda da família. Então, o desafio é manter-se ativo e saudável, física e mentalmente.
Todo mundo sabe que os exercícios físicos são a melhor forma de manter qualidade de vida, mas será que não estamos esquecendo de uma coisa importante? Resultados de pesquisas recentes mostraram que 46% dos brasileiros não fazem nenhum tipo de exercício. Se pensarmos em saúde do cérebro, não chegaremos talvez a 2% de idosos praticando ginástica cerebral.
Para quem ainda não conhece a prática e não costuma ler, viajar e fazer amigos – atividades que ativam o cérebro – a primeira dica é fazer uma consulta ao neurologista para começar a cuidar da saúde do cérebro.
A ginástica cerebral é um ponto-chave para cuidar do seu bem-estar. Trata-se de atividade nova, variada e desafiadora que ativa os neurônios, fortalece as conexões e preserva a massa cinzenta, mantendo funções cognitivas como o raciocínio, a atenção e a memória.
O professor de ginástica cerebral Geomacel de Carvalho, da escola de ginástica cerebral Supera, recomenda: “É importante manter o cérebro sempre ativo, fazendo nem que seja pouco exercício, mas com regularidade”.
“Se o cérebro não é estimulado, ele vai perdendo conexões sinápticas e, consequentemente, ficando mais lento”, continua o especialista.
As perdas cognitivas têm um reflexo grande na saúde e na autonomia das pessoas. A medida que você não exercita o cérebro, você compromete a lucidez. Podemos listar ainda, entre as consequências do sedentarismo cerebral, um comprometimento das funções de memória.
O exercício é importante mesmo que você não tenha predisposição genética para doenças degenerativas como, por exemplo, o Alzheimer.
As organizações mundiais de saúde recomendam que toda pessoa se exercite 5 vezes por semana, durante meia hora por dia. A ginástica cerebral pode ser feita uma vez por semana, durante duas horas, e nos outros dias da semana, durante 15 minutos. Ginástica cerebral é sinônimo de longevidade, autonomia e qualidade de vida.
Além disso, a ginástica cerebral é uma terapia antiestresse, que gasta energia e evita perda de autoestima, ansiedade e depressão.