Um estudo publicado na revista ‘’Science’’ demonstrou que o sono é um grande aliado na eliminação de toxinas acumuladas pelo cérebro durante o dia.
A pesquisa, realizada no laboratório da Universidade de Rochester, nos EUA, foi feita com roedores. Os cientistas usaram uma técnica avançada de microscopia a laser para analisar tecidos de cobaias vivas.
2013
Quando dormimos as células nervosas diminuem, abrindo espaço para o fluído cerebrospinal, líquido que permeia o cérebro, realizar uma verdadeira lavagem cerebral.
A comparação entre camundongos adormecidos e acordados mostrou que o fluido passa com mais facilidade no cérebro durante o sono, chegando mais rapidamente à corrente sanguínea e posteriormente ao fígado, onde é destruído.
É normal que estas toxinas se acumulem no cérebro, mas elas precisam ser eliminadas diariamente.
A autora da pesquisa, Lulu Xie, em entrevista ao Jornal Folha de São Paulo, afirmou que uma das toxinas eliminadas é a beta-amilóide, proteína associada à doença de Alzheimer. ‘’A doença está relacionada à perturbação do sono. A falta de espaço intersticial – lacunas entre as células- pode causar o acúmulo de lixo metabólico e danificar o cérebro’’, completa Xie.
O sono é fundamental para a fixação do aprendizado e a consolidação das sinapses (conexões nervosas entre os neurônios), ao que ocorre também quando se pratica ginástica cerebral, uma atividade que potencializa habilidades cognitivas.
O que garante um cérebro potente e ativo é a união dessas práticas, descansar e exercitar a mente.
Dormir faz com que o cérebro ganhe plasticidade e elimine tudo o que for desnecessário. Praticar ginástica cerebral coloca o cérebro em situações desafiadoras que estimulam novas conexões nervosas.
Este é um ciclo saudável. Somada à prática de atividade física e a uma alimentação equilibrada, a ginástica cerebral prolonga a vida e a torna muito mais agradável.