Final de ano é época de bônus e 13º salário, mas cuidado: o cérebro pode boicotar seus planos de investimentos e te colocar no vermelho em pouco tempo. Especialistas dizem que muitas de nossas decisões financeiras não são racionais.
Existe uma grande diferença entre desejar um sapato, uma roupa ou um telefone celular, e precisar realmente deles. A maioria das pessoas confunde a diferença entre desejo e necessidade, principalmente em épocas de liquidações.
Segundo estudiosos, o cérebro tem três regiões que comandam nossas decisões de consumo: a social/reptiliana, a afetiva/límbica e a cognitiva/neocortical. Conhecê-las e exercitá-las pode ajudá-lo a controlar sua conta bancária.
A área responsável pelo impulso é a reptiliana, localizada no centro do cérebro. Mas quando uma pessoa compra algo para compensar uma frustração, por exemplo, a área que entra em atividade é a do sistema límbico, que comanda as emoções e está localizada na superfície medial do cérebro.
A terceira região é a mais usada pelos consumidores cometidos, aqueles que em geral possuem a vida financeira mais equilibrada. Esta área, que fica no córtex pré-frontal, é a parte lógica e estrategista, onde nascem os impulsos da reflexão. Quando esta área está em ação, a pessoa pensa antes de agir.
Aprender a controlar as finanças exige muito esforço e dedicação, além de um planejamento mensal para conseguir enxergar o impacto que esses impulsos causam no orçamento.
Esse é mais um motivo para praticar ginástica cerebral. As aulas estimulam conexões neurais, desenvolvendo habilidades como concentração, memória e raciocínio lógico, que farão toda diferença na hora de decidir de comprar.
Quando aprendemos a controlar nossos impulsos primitivos, é possível equilibrar os desejos e analisar corretamente as consequências de nossos atos.
Rever hábitos e separar parte do orçamento para iniciar uma poupança é uma alternativa para melhorar as finanças e passar o ano mais tranquilo.
Estudos revelaram que o ideal seria ter de 5 a 7 vezes o valor de sua renda como poupança, pois o prazo médio para recolocação de um profissional no mercado é de seis meses.
Aprender a pensar criticamente e entender os riscos para tomar as melhores decisões são pontos desenvolvidos com a ginástica cerebral.
Ninguém consegue dominar aquilo que não conhece, mas a prática da ginástica cerebral desenvolve a capacidade de controlar as emoções e, consequentemente, as atitudes impulsivas.
