É no bairro de Santa Felicidade, em Curitiba, que toda semana os alunos e professores da Escola SUPERA Ginástica para o Cérebro se inspiram na história de determinação e superação dos gêmeos Lucas e Luan, de 9 anos.
Eles nasceram com paralisia cerebral e, com o amor incondicional da família, conseguem levar uma vida ativa física e mentalmente. Após anos de tratamentos, Lucas consegue se locomover com muletas, e Luan usa cadeira de rodas.
“O Lucas tem autonomia, já consegue dar alguns passos sozinho. A equoterapia ajudou bastante. Tanto ele quanto o Luan, já evoluíram muito. São crianças normais para a idade. Além disso, eles têm todo amor da família, do pessoal do colégio e das equipes que acompanham o tratamento”, diz Nanci Cristina Rega, que teve os meninos com 18 anos de idade.
Segundo ela, o Luan tem chances de andar: “Vamos continuar com os tratamentos. Mas para mim não faz diferença, o importante é que ele saiba se expressar e se comunicar. E o que estiver ao nosso alcance, nós faremos por ele”.
2017Nanci e o marido, Jardel José Rodrigues, souberam do diagnóstico quando os meninos tinham um ano de idade. No caso deles, a dificuldade que se destacou foi em relação as articulações do corpo, devido à rigidez muscular. A paralisia não afetou as funções intelectuais.
O início desta história foi repleto de desafios. Idas frequentes aos médicos, exames e tratamentos. Desde então, Nanci se dedica integralmente à vida dos filhos, e diz isso com muito amor.
“Mesmo com o apoio de toda família, eu sofri bastante no começo. Eu era muito nova, não entendia muito bem como a paralisia poderia afetar a vida dos meus filhos. Mas eu acredito que eles vão melhorar cada vez mais”, diz Nanci.
Aos 4 anos de idade, Lucas e Luan entraram para a Escola Especial Helena Antipoff, em Curitiba (PR), cidade onde moram com os pais. A instituição funciona em um prédio adaptado para oferecer acessibilidade total aos alunos.
O município é conhecido nacionalmente por oferecer as melhores escolas especiais do país. Ao todo, são três colégios municipais que atendem 662 crianças/estudantes de 0 a 24 anos, com necessidades educacionais especiais na área de deficiência intelectual e/ou associada a outras deficiências.
Acessibilidade e futuro
Os gêmeos começaram a fazer SUPERA no início deste ano. Todas as sextas-feiras, Nanci leva os pequenos ao bairro de Santa Felicidade para praticarem ginástica cerebral.
“Eles amam o SUPERA. Sinto que é muito bom para estimular o aprendizado e outras habilidades. Essa semana, o Luan conseguiu fazer a lição de casa sozinho. Ele não precisou de ajuda para fazer as contas de matemática”, conta a mãe.
A atividade predileta do pequeno Lucas são os jogos. “Eu gosto dos jogos do SUPERA”, diz Lucas com muita alegria.
Esses jovens sonhadores falam com muita certeza as profissões que vão escolher. Lucas sonha em ser padre, já Luan quer se tornar jogador de futebol.
A educadora do SUPERA em Santa Felicidade, Bárbara Skalski, conta que toda sexta-feira é uma verdadeira festa.
“Os meninos são muito divertidos e gostam muito das aulas do SUPERA. Eles se dedicam, são esforçados e interagem muito bem com a turma. Eles nos ensinam a não ter medo dos desafios”, diz Bárbara.
Ao final da entrevista, Nanci deixa um recado: “falo às mães para não desanimarem. É uma luta diária, mas, no fim das contas, a recompensa sempre vem. Eles precisam muito do nosso apoio e o nosso papel é amar”, diz.
Por Bárbara Rocha, Jornalista Comunicação SUPERA