Visitantes, cerca de 15 mil, foram em busca de oportunidades e idéias
Em quatro dias, quase 15 mil pessoas atravessaram os portões da Feira do Empreendedor, promovida pelo Sebrae-PR, em busca de boas idéias para bons negócios. Até o sábado, 13.577 pessoas – ante uma expectativa de 12 mil para toda a feira, estiveram no Centro de Eventos (zona sul) para conhecer 92 empresas do país com mais de 100 oportunidades de negócios. Ontem, no último dia, o movimento de interessados permanecia grande.
Entre os estandes, o microempresário Leonel de Oliveira, 40, dono de uma central de mototáxis, buscava “novas oportunidades”. “Queria algo diferente para uma nova fonte de renda.” “Crescer” e “mudar” foram as motivações de Oliveira para sair de casa no domingo e interagir com o mundo dos negócios.
“Vim de curioso. Com tanta informação, quem sabe eu não saia daqui com alguma boa idéia”, animava-se Valdemir de Oliveira, 40. Classificador de cereais desempregado, diz que veio “procurar uma luz”. “Aqui parece o lugar certo.”
2008
“O nosso país está ficando menos amador”, comemora Heverson Feliciano, gerente regional do Sebrae. “Queríamos contribuir com o desenvolvimento do empreendedorismo, com o hábito de planejar e pesquisar. Nesse sentido, creio que conseguimos.” Segundo Feliciano, o bom momento do País permite que novos negócios sejam pensados de maneira mais organizada – e cada vez menos informal. “É um empreendedorismo de oportunidades, não de desespero. O atual momento permite que os negócios tenham um perfil mais elaborado.”
O diretor-superintendente do Sebrae/PR, Allan Marcelo de Campos Costa, afirmou que a presença maciça de caravanas de todo o Estado para visitar a feira mostrou uma “força importante da nossa economia”. “Daqui saíram muito mais que negócios.”
Exercício para o cérebro faz sucesso
Quem imaginaria que jogos de desencaixar pregos tortos, quebra-cabeças e a montagem e desmontagem de objetos que desafiam qualquer um se tornaria um método? A empresa Supera, de São José dos Campos, organizou mais de 100 peças – entre as quais, o milenar ábaco japonês, usado na matemática, e transformou tudo em um método que vende como “ginástica para o cérebro”. O estande da empresa, ontem, era um dos mais movimentados da feira. “Estamos em busca de alguém que queira abrir a franquia aqui em Londrina”, afirmava Marcos Roberto Vieira da Costa, educador da empresa. “Com os jogos e desafios, conseguimos que as pessoas fiquem mais concentradas, mais rápidas, memorizem mais e se tornem mais ativas intelectualmente.” O uso do ábaco impressionou quem assistia: em um desafio, o educador fazia contas matemáticas mais rapidamente do que com o uso da calculadora. “É um instrumento que ajuda a pensar. Infelizmente, tem ficado para trás.”
18/08/2008 | Marcelo Frazão
Fonte: Jornal de Londrina