Ser mais criativo que o Discovery Kids e a Turma do Cocoricó. Eis um desafio já considerado insuperável por muitos pais. Nada contra. Deve-se admitir que os desenhos animados de hoje dão um show de cores, criatividade e efeitos especiais. Até os adultos ficam encantados.
Mas será que passar horas em frente à televisão, mesmo com tantos programas educativos no menu, é o entretenimento certo para quem está em fase de desenvolvimento e aprendizagem? Quais são os reais efeitos deste hábito tão disseminado para o cérebro das crianças?
Há algum tempo, ninguém poderia responder com tanta certeza a estas perguntas, mas agora pesquisadores do mundo inteiro são unânimes em afirmar que excesso de televisão danifica os neurônios em pleno desenvolvimento, afetando o comportamento e a saúde mental das crianças.
Quando elas ficam paralisadas diante da TV, é como se estivessem hipnotizadas. Pesquisadores observaram que, em crianças viciadas em TV, há uma predominância na atividade cerebral no hemisfério direito, aquele que processa a informação de maneira emocional. Resultado: o espírito crítico é aniquilado e a capacidade de aprender diminui.
A televisão mina a imaginação das crianças
A televisão afeta a capacidade de representação da criança, em outras palavras, altera sua capacidade de imaginação. Foi o que mostrou de maneira evidente o pediatra alemão Peter Winterstein, que estudou durante 17 anos os desenhos de 1900 crianças, de 5 a 6 anos. Quanto mais tempo as crianças passam diante da TV, mais pobres em detalhes são seus desenhos.
Para driblar a TV, psicólogos recomendam que os pais ofereçam alternativas que estimulem o cérebro das crianças. Isso vai, sem dúvida, ajudá-las na escola. Elas precisam sair de uma situação passiva para praticar atividades que exijam esforço, em que tenham de construir, criar e encontrar soluções para obstáculos.
Com a extensa carga de trabalho dos pais no mundo atual, muitas vezes fica difícil acrescentar à rotina das crianças atividades extras, mas é um esforço que vale a pena.
No SUPERA Ginástica para o Cérebro, as turmas para crianças usam apostilas com desafios de lógica e jogos que ativam conexões neuronais, promovendo o desenvolvimento das capacidades cognitivas.
Os exercícios para o cérebro, os jogos educativos (como parede colorida, torre de Hanói, baralho do Set) e dinâmicas em grupo estimulam a criatividade dos pequenos.
É importante recorrer a estes recursos para criar um ambiente instigante e incitar a curiosidade da criança. Afinal, a neurociência já comprovou que o cérebro é preguiçoso por natureza, mas pode e deve ser estimulado para desenvolver suas capacidades como atenção, memória e raciocínio.
Por estas e outras razões, cientistas e educadores têm se dedicado tanto a investigar os resultados dos exercícios para o cérebro. Este ano, por exemplo, Estados Unidos e Europa anunciaram projetos bilionários para mapear o cérebro e entender exatamente como ele funciona. Nas últimas décadas, no entanto, inúmeras pesquisas já mostraram que os exercícios para o cérebro são uma forma eficaz de manter e potencializar suas habilidades. A neurociência comprovou a neuroplasticidade, ou seja, a capacidade que o cérebro tem de se modificar, restabelecendo conexões neuronais através de estímulos adequados.