SUPERA – Ginástica para o Cérebro

O que é a zona de conforto do seu cérebro?

Se você quer saber por que seu cérebro entra na zona de conforto e o que fazer para impedir isso, precisa ler esse post. Vamos entender como o cérebro processa as tarefas que executamos todos os dias e como podemos usar diversos recursos para uma estimulação cognitiva adequada.

Neste conteúdo você verá:

Menos tarefas, mais espaço

Trocamos as agendas telefônicas pelo WhatsApp, o autocompletar do Gmail torna dispensável a tarefa de escrever todo o endereço daquele que queremos contatar, as calculadoras fazem em milésimos de segundos contas as quais dedicamos, por vezes, alguns minutos. Tecnologias como essas imitam funcionalidades que antes eram exclusivamente desempenhadas pelo nosso cérebro.

Embora algumas pessoas acreditem que a inserção das tecnologias tornou nosso cérebro preguiçoso, não é bem assim. Ao armazenar informações e delegar funções aos aparelhos, otimizamos nosso cérebro para desempenhar outras funções, tornando possível ampliar o leque de conhecimentos.

Mas devemos tomar cuidado e sempre utilizar recursos com o devido cuidado. Tornando equilibrado nosso contato com a tecnologia ao mesmo tempo que  exercitamos nosso desenvolvimento cognitivo, para que o cérebro não deixe de estar sempre em atividade.  

O cérebro economiza energia?

Nosso cérebro pesa aproximadamente 1,5kg e utiliza cerca de 20% do oxigênio do nosso corpo, essa quantidade pode variar quando desempenhamos funções mais complexas, como por exemplo estudar, podendo atingir até 50% do oxigênio de todo o corpo.

Formado por uma média de 86 bilhões de neurônios, esse órgão é capaz de formar até 700 mil conexões entre os neurônios a cada segundo. Muita coisa acontece enquanto utilizamos o cérebro, né?

O cérebro é uma verdadeira máquina e trabalha o dia todo fazendo milhares de conexões por segundo. Esse processo demanda muita energia deste órgão e é por isso que os neurônios têm uma tendência de economizar energia. Sabe como?

Como o nosso cérebro entra na zona de conforto?

Quando desempenhamos situações rotineiras, como escovar os dentes, andar ou pegar um objeto, o cérebro cria conexões neurais para essas atividades que se repetem visando não gastar mais tanta energia com tarefas repetitivas.

Pense assim, para cada atividade, cada coisa que sabemos, há um conjunto de conexões neurais específicas. É como um endereço de um mapa para chegar em uma residência: para chegar na casa de número 140 você faz um caminho diferente do que faria para chegar na de número 300, por exemplo.

Assim também é com as tarefas que executamos, nosso cérebro acessa essa memória por meio de um conjunto de ligações específicas. Com isso, quanto mais rotineiras forem essas atividades, menos energia ele gastará para desempenhá-la.

Você sabia?

Sabe aquela espiadinha nas redes sociais que fazemos enquanto trabalhamos ou estudamos? É simplesmente nosso cérebro tentando economizar energia e buscando liberar dopamina, um neurotransmissor responsável por nos proporcionar uma sensação de prazer.

Mas devemos nos manter atentos para que esse tipo de ação não nos tire o foco ou interfira em nossa produtividade. Aliás, finalizar tarefas e conseguir estudar de forma efetiva também são ações compensatórias que liberam a dopamina.

Criando novos caminhos

Da mesma forma que o cérebro entra no piloto automático, ele também pode ser estimulado para criar novas conexões, novos caminhos que levarão para outras “residências” no nosso grande e vasto mapa mental.

Toda vez que damos a ele novidade e desafio, criam-se novas conexões que contribuem para a saúde desse órgão tão importante que é o cérebro.

Então vem com a gente ver essas 4 dicas para não deixar seu cérebro entrar na zona de conforto:

Leitura

A leitura é um verdadeiro exercício para o cérebro por envolver a prática da imaginação, mentalização, aprendizagem e a associação com conteúdos já aprendidos. Além disso, uma pesquisa realizada pela Universidade de Sussex demonstrou que a leitura pode reduzir em até 68% os níveis de estresse.

Palavras cruzadas

As palavras cruzadas também são uma ótima ferramenta para cuidar da saúde do cérebro. Elas aceleram o raciocínio e podem rejuvenescer em até 14 anos o cérebro de idosos. Muito utilizada por médicos para tratar doenças como a perda de memória, essa técnica também se faz presente em cursinhos pré-vestibulares, em que os centros educacionais fazem parceria na distribuição de livros com palavras-cruzadas, pois estas auxiliam os alunos a manter o foco e ainda ficar por dentro dos assuntos da atualidade.

O mais legal é que você pode praticar essa atividade em revistas ou em dispositivos móveis que oferecem esse tipo de atividade.

Atividade física

Que a atividade física faz bem para o corpo e cérebro todo mundo já sabe, mas é sempre bom relembrar, não é mesmo? A prática de exercícios físicos, além de contribuir para uma melhor qualidade de vida, ativa áreas relacionadas à memória, aprendizado e planejamento, também é responsável por estimular a neuro plasticidade, um processo importantíssimo que é capaz de tornar nosso cérebro cada vez mais apto a aprender coisas novas, fazendo com que ele se mantenha sempre em atividade e jovem.

Novidade sempre

Sabendo que o nosso cérebro ‘decora’ as atividades que executamos todos os dias, você pode buscar surpreendê-lo e realizar essas tarefas de um jeito diferente. Por exemplo, comer ou escovar os dentes com a mão que não está acostumado, se caminhar com frequência até determinado lugar, escolher uma outra rota, ler em locais diferentes, aprender uma receita nova ou até mesmo fazer cálculos sem calculadora, você pode usar ferramentas como o ábaco para isso.

Viu só, quanta coisa você pode fazer para manter seu cérebro sempre treinado e preparado para diferentes desafios?! Espero que tenha gostado do conteúdo!

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