Quem nunca discutiu com um amigo sobre as diferenças entre o cérebro masculino e feminino? De tão polêmico, esse tema também chama atenção de cientistas interessados em descobrir o que realmente difere um cérebro do outro.
Para desvendar o mistério, a rede de televisão BBC produziu a série ‘Is Your Brain Male or Female?’, divulgada em setembro de 2014. Os pesquisadores ingleses Michael Mosley, médico e jornalista científico, e Alice Roberts, anatomista e professora de ciências, aplicaram testes em bebês e macacos.
As crianças foram colocadas em uma sala cheia de brinquedos, carrinhos, bonecas e tudo que poderia chamar atenção dos pequenos. O resultado saiu como esperado: as meninas brincaram com bonecas e os meninos com os carrinhos.
2015O mesmo teste foi aplicado em macacos, que não têm nenhuma influência. E a resposta é a mesma: machos correndo atrás dos carrinhos, fêmeas atrás das bonecas. A professora Melissa Hines, da Universidade de Cambridge, diz que o instinto materno das fêmeas ajuda a explicar por que elas se identificam mais com as bonecas. Já os machos preferem objetos em movimento.
Os especialistas afirmam que tudo começa na gestação. Os hormônios que agem no bebê ainda no útero determinam as diferenças de comportamento. Os homens, por exemplo, produzem mais testosterona. Esse hormônio tem relação com a capacidade de sistematizar, analisar sistemas e montar e desmontar coisas. Entretanto, a pesquisa descobriu também que quanto mais testosterona, mais lento é o desenvolvimento social.
Por isso que, quando crianças, os meninos têm mais afinidade com objetos que montam, querem descobrir o que pode acontecer se inverter as peças. Já as meninas tendem a lidar mais com brinquedos que estão relacionados à socialização, afeto e emoções.
Emoções, memória e ginástica cerebral
Os processos emotivos influenciam e moldam profundamente a biologia da memória. É por isso que as lembranças e experiências que marcam nossas vidas não são nada estáveis.
Recordar grandes acontecimentos pode ser para alguns a única função da memória, mas seu papel também é fundamental no cotidiano, para relembrar de coisas simples, como datas de aniversários e compromissos importantes.
A ginástica cerebral estimula as conexões neurais, ativando a memória. Além disso, ela pode retardar o aparecimento dos sintomas do Alzheimer, doença que provoca a deterioração das funções cerebrais, como a perda da memória, da linguagem e da habilidade de cuidar do próprio corpo.
Assim como o corpo, a mente necessita de cuidados, de aprendizados diários e desafios crescentes. A ginástica cerebral tira o cérebro da zona de conforto, ativando as sinapses e tornando-o mais ágil.