É comum que se coloque a figura masculina em posição de destaque quando o assunto são as grandes descobertas da humanidade, essas são correlações quase nunca contestadas, mas que resguardam um contexto de proibição e recorrente desencorajamento a qual muitas mulheres foram subjugadas ao longo dos anos. A falta de incentivo e o descrédito atribuído ao sexo feminino no campo das ciências, sobretudo das ciências exatas, tornou sua presença no meio científico reduzida, mas nem por isso menos importante quando comparada ao público masculino.
Nesse contexto, é de extrema importância e relevância trazer à público histórias de mulheres que, apesar das barreiras de suas épocas, conquistaram um lugar de sucesso no âmbito da ciência. Vamos conhecer mulheres que não deixaram que as adversidades de sua época as impedisse de fazer história.
Marie Curie
A primeira e única mulher a ganhar o prêmio Nobel por duas vezes, em áreas diferentes.
Nascida na Varsóvia de 1867, Marie era filha de um físico e matemático e uma pedagoga e pianista , daí seu repentino interesse pelo conhecimento. Vivendo sob o regime de uma Rússia Czarista, cujo acesso à educação formal para mulheres era proibido, essa cientista vigorosa organizou grupos de estudo na época considerados ‘clandestinos’ para viabilizar o acesso ao conhecimento a todos.
Marie Curie foi responsável pela descoberta dos elementos químicos rádio e do polônio, o que lhe rendeu a honraria de Nobel de química. Além disso, a cientista cunhou o termo radioatividade ao observar que a radiação emanava de dentro do átomo, concedendo-lhe o Nobel em Física juntamente com Henri Becquerel.
A radiação a qual foi exposta ao longo de sua vida fez com que a cientista viesse a falecer em 1934 vítima de leucemia.
Vera Rubin
Brilhantemente citada como rainha das galáxias pelo Blog do Espaço, Vera Rubin foi quem descobriu a existência de matéria escura no universo, mas para isso ela começou bem cedo, logo na infância.
Certo, talvez a possibilidade da descoberta estivesse distante em sua infância, mas o interesse dessa cientista pelos ‘assuntos de cima’ começaram já na infância, período em que, segundo consta em seus registros, preferia observar as estrelas a dormir. Anos mais tarde, todas as noites em claro valeram a pena com a descoberta da matéria escura existente no universo.
Lamentavelmente, a cientista nunca recebeu o Nobel de física por sua descoberta.
Defensora dos direitos das mulheres
Nascida na Filadélfia em 1928, Vera Rubin foi uma grande defensora das mulheres e promoveu diversas ações para aumentar a presença do público feminino nas ciências.
Uma das histórias mais conhecidas foi a de que na época, o Observatório Palomar era o ponto principal para observar o céu. No entanto, não era permitido a entrada de mulheres cientistas pois, curiosamente, não existiam banheiros femininos. Vera se utilizou de sua persistência para conseguir autorização e utilizar o espaço, mas o que ninguém esperava era que ela cortaria uma saia de papel para, em seguida, fixá-la com cola na porta do banheiro masculino.
Katherine Johnson
Katherine Johnson não foi à Lua, mas ajudou a chegar até lá. Considerada uma das mais importantes cientistas de todos os tempos, os cálculos matemáticos de Katherine tornaram possível colocar a Apollo 11 em órbita, marcando a chegada do Homem à Lua, de longe a conquista mais importante até hoje.
Katherine Johnson compunha a equipe do Centro de Pesquisa Langley cujo objetivo era calcular o percurso de lançamentos espaciais, tarefa hoje delegada aos computadores.
Suas contribuições para o setor aeronáutico, bem como a exploração espacial estadunidense foram por muito tempo desconhecidas até a chegada de Estrelas além do tempo, uma narrativa que descreve os desafios enfrentados por afro-americanos, sobretudo a figura feminina, na NASA durante a década de 50.
E já que estamos falando de Espaço, hoje vamos conhecer uma outra cientista para quem o céu não é o limite. O que essa tem de diferente de todas as outras? Bom, isso é porque podemos encontrá-la neste mesmo plano, em Fortaleza, para ser mais preciso. Ela também não possui mais de dois dígitos em sua idade, mas já dá pistas de grande conhecimento e interesse pelo universo da ciência.
Conheça a pequena Nicolinha, uma cientista mirim.
Quando nem o céu é o limite, conheça Nicolinha
Nicole Oliveira de Lima Semião, de apenas 7 anos, é uma das cientistas mirins mais importantes do Brasil, e é claro que não poderíamos deixá-la de fora.
Seu interesse pelo céu começou bem cedo, quando aos 4 anos pediu aos pais um telescópio de presente, 2 anos depois finalizou um curso de Iniciação à Astronomia pelo CEAAL (Centro de Estudos Astronômicos de Alagoas), tornando-se a primeira criança no mundo a concluir um curso de Iniciação à Astronomia.
Nicolinha é cientista cidadã do IASC (International Astronomical Search Collaboration ) NASA (National Aeronautics and Space Administration) e MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações) além de embaixadora do planetário Rubens de Azevedo em Fortaleza (CE).
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