A pesquisa conduzida por Georgina E. Crichton, do Centro de Pesquisa em Fisiologia da Nutrição, da Universidade da Austrália do Sul, em parceria com o Departamento de Psicologia da Universidade de Maine (EUA) e o Instituto Luxemburgês da Saúde, tinha como objetivo determinar o papel do chocolate no declínio cognitivo. Para isso, estudos transversais foram realizados com 968 participantes de 23 a 98 anos. Durante cinco anos, os voluntários foram submetidos a testes neuropsicológicos para avaliar sua memória visual e espacial, a numeração, a memória verbal, a memória de trabalho e a capacidade de abstração.
2016A análise da pesquisa mostrou que as pessoas que consumiram chocolate uma ou mais vezes por semana obtiveram melhores resultados nos testes, sobretudo de memória e de pensamento abstrato. A avaliação dos testes ainda revelou que, com exceção da memória de trabalho, este vínculo independe de outros parâmetros como a saúde cardiovascular, o modo de vida ou os costumes alimentares.
Ainda é necessário realizar outros estudos para explorar mais a relação entre o chocolate e a cognição. No entanto, segundo Georgina E. Crichton, algumas vantagens do cacau já são perceptíveis no dia a dia das pessoas, tais como memorizar melhor um número de telefone, uma lista de compras, ou o reforço das capacidades multitarefas. Os flavonóis contidos no cacau desempenham um papel crucial neste processo, provavelmente graças às suas propriedades antioxidantes que melhoram a alimentação do cérebro em sangue.
Na espera de estudos complementares sobre o assunto, cabe a você encontrar o equilíbrio correto entre os benefícios cognitivos do chocolate e seus malefícios calóricos!
Fonte : Georgina E. Crichton et coll., « Chocolate intake is associated with better cognitive function: The Maine-Syracuse Longitudinal Study », in Appetite, volume 100, 01 maio de 2016.