As queixas de fortes dores de cabeça geralmente denunciam um diagnóstico de algo mais grave do que uma enxaqueca. Foi o que aconteceu com Derci Mendes, 60 anos, que foi levada à sala de cirurgia às pressas no momento em que o especialista identificou um caso de AVC (Acidente Vascular Cerebral) há um ano.
Derci foi submetida a três cirurgias em 42 dias como medida urgente de tratamento para o caso. Seu marido, Paulo Mendes, 61 anos, conta que após 21 dias em coma induzido Derci ficou com sequelas.
“Quando ela voltou pra casa após as cirurgias, ela falava muito pouco e tinha dificuldades em pronunciar as palavras. Além disso, tinha dificuldades para lembrar-se das coisas”, conta Paulo.
Pouco tempo depois, à espera para uma consulta em uma fonoaudióloga, Paulo se deparou com um folder do SUPERA e pensou que o curso de ginástica cerebral poderia contribuir para a recuperação de Derci. “De acordo com os médicos, os tratamentos indicados começariam a surtir efeito em um ano, como a hidroginástica para recuperar os movimentos e a fonoaudióloga para a fala”, completa o aposentado.
2016O diferencial da metodologia de ginástica cerebral do SUPERA fez Paulo matricular a esposa na escola de Xanxerê (SC). Em cinco meses de curso, Paulo e Derci notam o avanço na recuperação dos movimentos, da fala e, surpreendentemente, na memória.
“Quando retornei ao médico com a Derci, ela conversava, conseguia expressar seus resultados e mostrava sinais de melhora em todos os sentidos, inclusive, para se lembrar das coisas”, conta Paulo.
Hoje, Derci é capaz de cozinhar, voltou a costurar e Paulo consegue sair tranquilo de casa para realizar suas tarefas e deixar a esposa sozinha por algumas horas. Além disso, Derci ajuda a lembrar dos afazeres de casa e o que deve ser comprado no supermercado.
Derci acredita que o ábaco e a convivência com outras pessoas no SUPERA fazem muito bem “à cabeça”. “Eu gosto
do ábaco porque me ajuda a me concentrar melhor, e gosto muito de fazer as atividades com a turma”, conta Derci.
Para prevenir o AVC, a OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda o controle de vários fatores de risco vasculares como a pressão arterial, diabetes, colesterol, triglicérides, doenças cardíacas, além de evitar o fumo, cuidar da alimentação e praticar exercícios físicos.
Atividade intelectual também é importante
Conhecida também como ginástica cerebral, a atividade intelectual é um dos pilares para a qualidade de vida. No SUPERA, os alunos da terceira idade estimulam o cérebro com atividades que fortalecem as conexões neuronais e interagem com outros alunos.
Estimular o cérebro por meio da ginástica cerebral é uma boa atividade não somente para quem já sofreu acidente cerebral, mas para todas as pessoas em todas as idades. A ginástica cerebral é um exercício saudável, que diverte e, ao mesmo tempo desenvolve as habilidades cognitivas.