SUPERA – Ginástica para o Cérebro

Alimentos para a saúde do cérebro

Uma mesa repleta de alimentos como peixes, grãos, verduras, legumes e oleaginosas.

Uma mesa repleta de alimentos como peixes, grãos, verduras, legumes e oleaginosas.

Na hora de pensar nos alimentos que fazem bem à saúde, com certeza você já se pegou pensando na frase você é o que você come” — afinal, este é, certamente, um ditado que faz muito sentido quando falamos neste assunto.

Eles nos proporcionam disposição, alguns nos deixam felizes, outros ajudam na imunidade, alguns ajudam e outros prejudicam a saúde do cérebro, você sabia?

É justamente por essa razão que conhecer as propriedades dos alimentos é a melhor forma de garantir uma vida mais saudável e desenvolver todo o seu potencial cognitivo, além de manter seu organismo funcionando corretamente.

Ou seja, para cuidar da saúde do seu cérebro, é necessário reconhecer o poder dos alimentos para a saúde e, por isso, na matéria de hoje quero te explicar tudo o que você precisa saber sobre os alimentos para viver mais e melhor.

Neste conteúdo você verá:

Entendendo quais são as categorias dos alimentos

A maioria dos alimentos que consumimos nos dias de hoje são processados de alguma forma, em alguns casos esse processo é realmente necessário, pois permite que os alimentos sejam consumidos posteriormente.

No entanto, existem técnicas adotadas pela indústria alimentícia cujo objetivo é tornar os alimentos mais atraentes e saborosos, fazendo com que se tornem prejudiciais à nossa saúde, a esse grupo de alimentos costuma-se chamar de ultraprocessado.

Um estudo realizado com mais de 100 mil pessoas por pesquisadores da Universidade São Paulo (USP) indicou que o consumo de alimentos ultraprocessados aumenta as chances de desenvolver tumores.

Nos 8 anos da pesquisa, foi observado um aumento de 10% nos casos de câncer.

As contribuições do estudo para a comunidade científica foram tantas que a nova classificação quanto ao grau de processamento dos alimentos proposta pelo coordenador da pesquisa, o professor Carlos Monteiro, foi adotada para categorizar os alimentos.

Confira quais são os 4 graus de processamento dos alimentos.

Alimentos não processados ou minimamente processados

Alimentos não processados são aqueles que nos chegam tal como estão na natureza, como por exemplo, frutas e folhas.

Já os minimamente processados requerem técnicas de processamento mínimo que não envolve a adição de ingredientes danosos como açúcar e gordura mas que garantem maior durabilidade até que o produto chegue até nós e facilitam seu preparo, é o caso dos grãos de café, das carne congelada, dos peixes e frutos do mar e ovos.

Ingredientes culinários processados

Ingredientes culinários são aqueles que não ingerimos diretamente, mas como recursos para tornar outros alimentos mais saborosos, como o sal, açúcares, gorduras e óleos.

Alimentos processados

Alimentos processados possuem adição de gorduras, óleos, sal e açúcares, como por exemplo os pães, queijos e defumados.

Bebidas e alimentos ultraprocessados

Enfim, chegamos ao grupo que deve ser evitado ao máximo: alimentos e bebidas ultraprocessados.

Estes envolvem um alto nível de industrialização que compreende a adição dos ingredientes já mencionados, como açúcar, sal, gordura, óleos e uma porção de outros ingredientes que sequer encontramos em nossa cozinha, pois são invenções da indústria alimentícia produzidas em laboratório a partir de fontes orgânicas.

Embora sejam de fácil preparo e de baixo custo, estes alimentos apresentam uma série de malefícios à saúde por apresentarem alto teor de gorduras saturadas e ausência de fibras, proteínas e nutrientes.

Desse grupo fazem parte fast food, biscoito recheado, salgadinhos, frituras, embutidos, como a salsicha e mortadela, refrigerante, cereais matinais açucarados etc.

Por possuírem quantidades muito elevadas de açúcar, o consumo desregulado de chocolates e refrigerantes causa sérios danos ao cérebro prejudicando capacidades cognitivas tais como aprendizado e memória.

O consumo excessivo de refrigerante também é prejudicial para nosso corpo e cérebro, além de não conter nenhum valor nutricional, essa bebida é repleta de corantes e conservantes e apresenta elevados índices de açúcar.

Alguns alimentos, como o refrigerante e os embutidos já fazem parte da lista de alimentos danosos à saúde com comprovação científica.

Muitas vezes esses alimentos nos são vendidos como se fossem saudáveis, pois os fabricantes assim os comercializam quando incluem nos rótulos imagens de alimentos naturais, mas um olhar rápido e atento aos rótulos pode nos atentar para a natureza nociva de que fazem parte.

E embora comercializados de maneira energética (vai me dizer que a propaganda de cereal já não te fez pensar que se tornaria a pessoa mais forte entre tantas outras?), esses alimentos nos dão uma falsa sensação de saciedade e possuem uma ‘energia’ momentânea, principalmente aquela oriunda dos doces, que é gasta rapidamente.

Agora que você já entendeu como é feita a classificação dos alimentos e quais são os malefícios que a ingestão de certos produtos podem causar não só para o corpo como também para o cérebro, vamos ver quais são os alimentos que podemos ingerir para viver mais e melhor!

Alimentos para viver mais e melhor

Comer bem é importante não só para garantir o bem-estar imediato, como também a longo prazo.

Acontece que com o envelhecimento vem também uma série de inflamações crônicas que aparecem não só no corpo como também no cérebro e o melhor remédio para combatê-los são alimentos que contêm antioxidantes capazes de reduzir essas inflamações, frear a perda de desempenho cerebral e ainda retardar a perda de memória.  

Antioxidantes

O licopeno presente no tomate tem ação anti-inflamatória capaz de reduzir a inflamação dos neurônios e a ação dos radicais livres e, consequentemente, previne o aparecimento das doenças que afetam de maneira direta o cérebro, como o Alzheimer e a isquemia cerebral.

Você encontra ação antioxidante também em alimentos como quinoa, goiaba, batata doce, mamão, melancia, brócolis, este último rico em vitamina K, que por sua vez é muito importante para a formação de esfingolipídios, um tipo de gordura que mantém o cérebro saudável e auxilia sua memória.

Oleaginosas

Castanha-do-pará, avelã, amêndoa, amendoim compõem o grupo das oleaginosas.

Capazes de diminuir o colesterol, esse grupo também melhora o desempenho cognitivo, a capacidade de aprendizagem e memória, tudo isso porque o ômega-3 presente é um constituinte fundamental dos neurônios e que melhora a comunicação entre as células. Você encontra ômega-3 em alimentos como salmão, sardinha, linhaça, chia

Castanha-do-pará, avelã, amêndoa, amendoim compõem o grupo das oleaginosas.

Folhas verdes

Em alimentos como agrião e couve encontramos uma grande quantidade de ferro, um elemento que auxilia na oxigenação cerebral, estimula o raciocínio, concentração, foco e clareza.

A presença do ácido fólico nesses alimentos também inibe a ocorrência de acidente vascular cerebral. E se você não é muito fã de agrião ou couve encontrará tais benefícios também no espinafre, chicória ou acelga.

Ovos

No café da manhã, almoço e até no lanchinho da tarde, os ovos são de fácil preparo e por isso podem ser ingeridos em qualquer momento do nosso dia.

Mas a praticidade não é a única razão pela qual você precisa inseri-lo em sua dieta. Isso porque esse alimento é rico em colina, um nutriente relacionado Para quem tem uma dieta vegana existem opções: linhaça, couve-flor e brócolis cozidos, amêndoas e quinoa crua.

Abacate

Se existe um alimento mais versátil que o abacate eu desconheço. Pode ser doce, salgado, na salada ou vitamina.

Nativa do México, essa fruta é uma fonte abundante de gordura monoinsaturada, um ácido graxo benéfico para o funcionamento do nosso organismo e do nosso cérebro, isso também explica porque é chamado de gordura do bem.

A presença do ômega-3 faz com que este seja um forte aliado da capacidade de memória e concentração.

Um estudo realizado pela Universidade de Tufts em 2002 também comprovou sua eficácia em adultos de idade avançada ao observar uma melhora nas capacidades cognitivas de aprendizado.

Dica bônus

Você sabia que o abacate é rico em glutationa? Essa é uma substância que recupera o nosso cérebro mais rapidamente, não sem razão é indicado comer abacate antes de dormir para ter um sono mais reparador.

Agora, com todas essas informações, tenho certeza que ficou mais fácil garantir uma dieta equilibrada no seu dia a dia!

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