As pesquisas da neurociência divulgadas pela grande imprensa nos últimos anos têm despertado a atenção das pessoas para a saúde do cérebro.
A busca pelo equilíbrio entre o corpo e mente traz novos hábitos para o cotidiano, como por exemplo uma dieta rica em nutrientes que ajudam no bom funcionamento do organismo, atividade física e também exercícios para o cérebro.
O cérebro consome 20% de toda energia que o corpo produz. Isso até nos permite dizer que pensar emagrece! Então, especialistas dizem que precisamos caprichar no café da manhã.
“O café da manhã tem que ser rico e fornecer glicose para o nosso cérebro. Os pães, as frutas e proteínas como queijo, leite e iogurtes são boas fontes de energia. Com isso, você garante um desempenho melhor durante o dia’, explica o neurologista Tarso Adoni.
Além de precisar de bons alimentos, o cérebro gosta de ser estimulado. Para isso, pessoas do mundo inteiro já estão começando a frequentar academias de ginástica para o cérebro.
No Brasil, a rede SUPERA possui 100 unidades, espalhadas por 24 estados e Distrito Federal, com um curso que pode ser feito por crianças, jovens, adultos e para a melhor idade.
Mas como funciona uma academia para o cérebro?
2015
A esta altura, você deve estar se perguntando como funciona uma academia para o cérebro. No SUPERA, as aulas acontecem uma vez por semana. Durante duas horas, os alunos praticam atividades desafiadoras, que colocam os neurônios para trabalhar,
São jogos de tabuleiro, jogos virtuais desenvolvidos por neurocientistas, dinâmicas em grupo, prática de ábaco japonês e apostilas exclusivas com desafios lógicos, tudo para turbinar diversas regiões do cérebro.
Os professores destas academias são capacitados para orientar os alunos no uso dos “equipamentos’, estimulando-os a pensar nos desafios propostos e a solucioná-los sozinhos.
Assim como uma academia para o corpo, a academia para o cérebro é relaxante e divertida. No começo, todo mundo reclama que não quer fazer, mas quando vira hábito, ninguém quer mais parar.
Por que frequentar uma academia para o cérebro?
Isso acontece porque a ginástica cerebral é um antiestresse e promove sensação de prazer. Na prática, ela desenvolve as habilidades do cérebro, como atenção, foco, memória e a criatividade.
Com ao menos seis meses de curso, os alunos começam a perceber os resultados, porque melhoram se desempenho nos estudos, no trabalho e na vida social, o que consequentemente melhora a autoestima.
Para Lêda Ceres, 75 anos, aluna do SUPERA Pituba (BA), os exercícios para o cérebro surtiram muitos resultados. ”Posso fazer uma lista das melhoras que tive aqui no SUPERA. São detalhes importantes do dia a dia, mas, por exemplo, agora consigo conferir mais rápido o troco das compras. Quando estou relatando um fato, lembro onde tomei conhecimento dele. E, por fim, lembro-me de fazer tarefas que costumava esquecer”, diz.
Ao final do curso, o aluno está com raciocínio mais rápido, tem mais visão para resolver problemas, torna-se mais criativo, consegue se concentrar nas tarefas importantes do seu dia e tem mais facilidade para relacionamentos. Estas habilidades fazem a diferença na vida de qualquer pessoa, seja ela estudante, dona de casa ou profissional. Para os idosos, é um ganho em qualidade de vida.
Neurociência, a ciência que explica o funcionamento do cérebro
Os exercícios para o cérebro aumentam a reserva cognitiva, deixando o cérebro mais ágil para encontrar os caminhos necessários para nossas atividades diárias.
Estudos apontam que pessoas com maior reserva cognitiva podem retardar sintomas de doenças neurológicas. Uma dessas constatações foi publicada pela revista “Neurobiology”.
Um estudo ligado à Fundação Kessler concluiu que, com uma reserva cognitiva maior, as chances de perdas cognitivas diminuem, inclusive em pacientes com doenças degenerativas, como o Alzheimer.